Incêndio destrói Museu Nacional da Quinta da Boa Vista
Incêndio e destruição do Museu Nacional
“A destruição do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, ocorrida na noite deste domingo (2/9), é lamentável. E, acima de tudo, exige uma apuração das causas do incêndio. Além, é claro, da responsabilização das autoridades e agentes públicos encarregados da preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro.”
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), divulgou nota, na qual a instituição que cultiva desde 1843 a cultura e a educação jurídicas no País, sendo a mais antiga das Américas, lamenta profundamente a perda do importante acervo do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
Ressalte-se que o Museu Nacional era mantido por meio do especializado e cuidadoso trabalho de cientistas e pesquisadores brasileiros, empenhados em preservar a nossa memória histórica e científica.
O levantamento completo do acervo destruído ainda não pôde ser realizado. De acordo com a assessoria, no momento em que houve o incêndio, os quatro seguranças que estavam no prédio conseguiram escapar.
História do Museu Nacional
Com 200 anos de existência e um acervo composto por mais de 20 milhões de itens, o Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil e um dos maiores museus de ciências naturais e antropológicas do mundo. O palácio serviu de residência à família real portuguesa e à família imperial brasileira, além de ter sediado a primeira Assembleia Constituinte Republicana.
Investimentos na prevenção
Esse verdadeiro monumento acadêmico e científico foi mais uma vítima, certamente, da falta de investimentos elementares na prevenção contra esse tipo de sinistro. E, principalmente, uma vítima do descaso com que são tratadas a Cultura e a Educação no País.
De acordo com o diretor de Preservação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, João Carlos Nara:
“ O dano é irreparável.”
De fato, o museu possui verba destinada à sua manutenção de R$ 520 mil anuais. Entretanto, desde 2014 não vinha recebendo essa verba, devido a seguidos cortes no orçamento. Por este motivo, apresentava sinais visíveis de má conservação, a saber: paredes descascadas e fios elétricos expostos. Deste modo, foi nessa situação de abandono que o museu completou em junho de 2018 200 anos de história.
Antes de mais nada, o incêndio iniciou após o encerramento do horário de visitação e atingiu os três andares do museu. Pouco depois, foram acionados bombeiros de quatro quartéis, que chegaram rapidamente ao local. Entretanto, às 21 hs o fogo ainda encontrava-se fora de controle, com grandes labaredas e estrondos ocasionais.
Portanto, coleções inteiras foram destruídas pelo fogo. Do mesmo modo, duas exposições que estavam em duas áreas da frente do prédio principal também foram consumidas no incêndio.
Fonte: IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros) e EBC/Agência Brasil
Foto destaque: Incêndio atinge prédio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, na zona norte da cidade – Vitor Abdala/ Agência Brasil
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