H1N1: Campanha de vacinação e informações importantes
Campanha de vacinação contra a gripe, ainda está em andamento e vai até o final do mês
Desde o dia 10 de abril começou uma campanha de vacinação contra a Influenza (H1N1), mais conhecida como gripe e que vai se estender até o dia 31 de maio. Durante esse período, todos os postos de saúde do município estarão aplicando as doses da imunização tetravalente para grupos prioritários.
Na primeira fase, que foi até o dia 24 de abril, por questão de vulnerabilidade, as doses foram priorizadas para crianças com idade entre 1 e 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias), grávidas em qualquer período gestacional e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto).
Por fim, além dessas pessoas, deverão também tomar a vacina aqueles que tem a vulnerabilidade mais baixa. Neste grupo estão índios, trabalhadores da rede de saúde, pessoas com doenças crônicas. Do mesmo modo, incluem-se professores de rede pública, privada e idosos. A estimativa da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar, durante a campanha, cerca de 36 mil pessoas.
Vacinas contra a Influenza usadas no Brasil
As vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (feitas com vírus morto), portanto, sem a capacidade de causar doenças. Até 2014, estavam disponíveis no país apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria).
Com efeito, as novas vacinas quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma outra cepa B. Consequentemente, contem em sua composição, as duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente tiveram uma nova cepa A/H3N2 (Singapore), que substituiu a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior.
É muito importante se vacinar!
O vírus da Influenza, ou mais popularmente conhecido como gripe, figura entre as viroses mais frequentes no mundo. Ficou conhecido por há mais ou menos uma década, quando uma epidemia desse subtipo do vírus provocou mais de 2 mil mortes no Brasil. De fato, nos últimos anos, a doença voltou a preocupar pois a porcentagem de óbitos decorrentes da Influenza não para de crescer.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população seja infectada anualmente por algum tipo de vírus influenza. Semelhantemente, a estimativa é de que 1,2 bilhão de pessoas apresentem risco elevado para complicações relacionadas à doença. Entre elas, 385 milhões de idosos acima de 65 anos, 140 milhões de crianças e 700 milhões de pessoas com doenças crônicas.
Sintomas da gripe (H1N1)
De antemão, é preciso saber que os sintomas da gripe, são praticamente os mesmos entre os diversos tipos de vírus, a saber:
- febre súbita;
- dor de garganta;
- dor de cabeça;
- secreção, entre outros.
As informações são da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). De fato, a SBIm publicou uma série de perguntas e respostas sobre os diferentes tipos vacina utilizadas no país. Então, confira abaixo os principais PERGUNTAS da nota técnica divulgada pela entidade:
O que é a Influenza?
Causada por mais de um tipo de vírus, classificados como A e B, a influenza tem diversos subtipos. Os subtipos A que mais frequentemente infectam humanos são H1N1 e H3N2. Acrescente-se que, ambos os subtipos possuem casos já notificados este ano no Brasil. Os subtipos B, por sua vez, são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata.
Qual vacina será utilizada na campanha feita pelo Ministério da Saúde?
A vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da Saúde será a trivalente, a saber: aquela que contem uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B linhagem Victoria.
Este ano, teremos então vacinas tri e quadrivalentes disponíveis no país?
Sim, por alguns anos, deveremos conviver com as duas vacinas. Como ocorreu no passado em que, de acordo com a epidemiologia, vacinas monovalentes foram substituídas por bivalentes que, por sua vez, foram substituídas por trivalentes. A tendência para os próximos anos é a produção apenas de vacinas quadrivalentes.
As vacinas influenza podem ser utilizadas na gestação?
Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação. Isso ocorre devido ao fato de possuírem maior risco de desenvolverem complicações. Semelhantemente, pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo-o contra a doença nos primeiros meses de vida.
Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina?
Sim, esses pacientes podem receber a vacina influenza. Com efeito, alergias a ovo, mesmo graves como a anafilaxia, não são mais contraindicação nem precaução.
Quais as reações adversas esperadas após a aplicação da vacina?
Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação, a saber: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Entretanto, essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados de 6 a 12 horas após a vacinação. Além disso, persistem por um a dois dias, sendo mais comuns naqueles que tomam a vacina na primeira vez.
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