Sobe para 121 número de mortos na tragédia de Brumadinho
Aumenta o número de mortos e desaparecidos identificados
O Corpo de Bombeiros informou na tarde de sábado (02) que aumentou o número oficial de mortos e desaparecidos entre as vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. Desse modo, o balanço revelou 121 mortos, 226 desaparecidos e 395 localizados. Além disso, dos mortos, 93 foram identificados.
De acordo com a Defesa Civil, aumentou o número de desaparecidos a partir de informações transmitidas ao serviço de ouvidoria da empresa Vale. Por isso, foram incluídos mais dez nomes na relação de desaparecidos.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, avaliou que o ritmo de identificação dos corpos deve diminuir. A partir de agora, o trabalho fica mais complexo por se tratar de vestígios de mais difícil acesso abaixo da lama.
“Agora os trabalhos são mais delicados, de escavação. É necessário fazer toda a nivelação do solo. E mesmo com o corpo encontrado, por conta da decomposição é necessário um trabalho minucioso”, explicou.
Com efeito, ele comentou que os bombeiros não podem eliminar a chance de encontrar pessoas com vida. Entretanto, diante das dimensões do desastre, a possibilidade de isso ocorrer é “pequena”.
Aihara não deu previsão de até quando os trabalhos de busca devem continuar. No caso de vítimas posicionadas dentro de estruturas, exemplificou, o raio de procura seria menor. Já aquelas pessoas que estavam no campo aberto podem ter sido projetadas para distâncias maiores.
Diante dessas situações diversas, acrescentou, é difícil prever. Desse modo, o representante do Corpo de Bombeiros lembrou que em Mariana as equipes designadas mantiveram as buscas por três meses.
Vídeo
Questionado sobre as imagens divulgadas mostrando o curso da lama após o rompimento da barragem, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, afirmou que o comando unificado integrado pelas diversas corporações envolvidas nas buscas já tinha conhecimento dos vídeos. Contudo, optou por não torná-las públicas. Com efeito, houve receio do impacto delas caso houvesse alerta de risco de uma nova tragédia em outras barragens.
“A decisão de não divulgar as imagens é decisão que visou sobretudo a garantia do bem estar da população e o não ocasionamento do pânico geral. Passamos para Vale e Polícia Civil investigar o vazamento das imagens”, explicou o porta-voz.
Fonte: EBC
Foto: Ana Graziela
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