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Saneamento básico em escassez: No Brasil, quase metade da população não tem acesso a esgoto tratado

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4 em cada 10 municípios do país não possuem saneamento básico

O Brasil enfrenta desafios significativos em relação ao saneamento básico, conforme revela um recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que em cada 10 municípios brasileiros, 04 não possuem acesso adequado a serviços básicos de saneamento. A falta de infraestrutura adequada nessa área levanta questões cruciais sobre saúde pública, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.

De acordo com o levantamento, a ausência de saneamento básico afeta não apenas áreas rurais, mas também áreas urbanas, comprometendo a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Essa carência se manifesta em deficiências como a falta de tratamento de esgoto, abastecimento irregular de água potável e a ausência de coleta adequada de resíduos sólidos.

 

Mapa do saneamento básico

Segundo o Instituto Trata Brasil, os estados brasileiros mais afetados pela falta de saneamento básico, apresentando as menores coberturas de abastecimento de água potável e coleta e tratamento de esgoto, são:

  • Região Norte: Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Amazonas
  • Região Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Pernambuco
  • Rio de Janeiro

No Amapá, por exemplo, apenas 27% da população tem acesso à água potável e apenas 2% têm acesso a esgoto tratado.

O levantamento também mostra que, nos 100 municípios mais populosos, são mais de 30 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgoto. De acordo com o Atlas de Saneamento: Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, lançado em novembro de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo não têm acesso a coleta de esgoto, o que significa que 10 milhões de pessoas podem ser afetadas pela falta de saneamento básico na região.

Os problemas, que exigem que os moradores das regiões mais afetadas peçam ajuda à uma desentupidora em SP, são os mais variados, como:

  • Aterros sanitários clandestinos: resíduos sólidos, como lixo, entulho e até mesmo animais mortos, podem ser descartados de forma irregular em áreas residenciais, obstruindo as redes de esgoto e causando entupimentos.
  • Falta de manutenção das redes de esgoto: as redes de esgoto precisam ser regularmente limpas e desentupidas para evitar problemas. No entanto, em muitas áreas, a falta de investimentos públicos impede a realização dessa manutenção.
  • Mau uso das redes de esgoto: o descarte de materiais inadequados nas redes de esgoto, como óleo de cozinha, gordura, produtos químicos e até mesmo objetos sólidos, pode causar entupimentos.

Falta de saneamento básico pode causar doenças graves

A contaminação da água por esgoto e a ausência de tratamento adequado podem levar a doenças transmitidas pela água, afetando diretamente a saúde da população. Doenças gastrointestinais, infecções e parasitas são algumas das consequências.

De acordo com o Atlas de Saneamento: Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, lançado em novembro de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2008 a 2019, foram notificados, no Brasil, 11.881.430 casos de doenças relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), com 4.877.618 internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

As doenças mais comuns relacionadas à falta de saneamento básico são:

  • Diarreia
  • Cólera
  • Febre tifóide
  • Hepatite A
  • Leptospirose
  • Malária
  • Esquistossomose

A falta de saneamento básico também pode causar problemas respiratórios, como asma e bronquite, devido à poluição do ar.

 

Impacto econômico para o país atinge bilhões de reais

De acordo com um estudo publicado pelo Instituto Trata Brasil em 2022, o impacto econômico anual no Brasil devido à falta de saneamento básico é de R$100,5 bilhões, que recai sobre saúde, produção de trabalho e poluição ambiental.

O estudo estima que a falta de saneamento básico no Brasil causa 3,4 milhões de internações por ano, com um custo de R$3,7 bilhões. Além disso, a falta de saneamento básico reduz a produtividade do trabalho em 1,5%, o que representa um custo de R$21,4 bilhões por ano.

O estudo também estima que a falta de saneamento básico causa a perda de R$45,4 bilhões por ano em produtividade agrícola, devido à poluição de recursos hídricos.

 

Sociedade pode fazer a sua parte

A sociedade pode ajudar a resolver os problemas de saneamento básico de várias maneiras. Veja algumas delas:

  • Exigir dos governantes que invistam mais no saneamento básico. A sociedade pode pressionar os governantes, por meio de manifestações, campanhas e ações nas redes sociais, para que eles aumentem os investimentos no saneamento básico.
  • Conscientizar a população sobre a importância do saneamento básico. A sociedade pode educar a população sobre os benefícios do saneamento básico e sobre os seus direitos. Isso pode ser feito por meio de campanhas educativas, palestras e workshops.
  • Apoiar as organizações que trabalham com saneamento básico. Existem muitas organizações que trabalham com saneamento básico no Brasil. A sociedade pode apoiar essas organizações, doando dinheiro, participando de eventos ou fazendo voluntariado.
  • Informe-se sobre o saneamento básico em sua comunidade. Saiba quais são os serviços de saneamento básico disponíveis em sua comunidade e quais são as áreas que ainda não são atendidas.
  • Participe das reuniões da prefeitura ou do conselho municipal de saneamento básico. Essas reuniões são uma oportunidade de dar sua opinião sobre o saneamento básico em sua comunidade.
  • Reclame à prefeitura ou à concessionária de saneamento básico se você notar algum problema com os serviços de saneamento básico.

A sociedade tem um papel importante a desempenhar na solução dos problemas de saneamento básico. Ao tomarmos ações concretas, podemos contribuir para melhorar a qualidade de vida da população e do meio ambiente.

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