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Novo Coronavírus – Histórico do COVID-19

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Antes de mais nada, ao todo, 77 países confirmaram 93.090 casos do novo coronavírus – a maioria deles na China (80.422). O Brasil confirmou quatro casos importados; a saber: um em 26 de fevereiro, o segundo em 29 de fevereiro de 2020, o terceiro em 4 de março de 2020 e o quarto em 5 de março de 2020. Entretanto, de acordo com a Folha de São Paulo, subiu para 8 casos confirmados no Brasil, e o Estado de São Paulo teve o primeiro registro de transmissão local.

Novo Coronavírus no Brasil

De fato, o Brasil confirmou quatro casos importados de COVID-19– todos tiveram passagem pela Região da Europa. Não há relação entre os casos, embora sejam residentes do município de São Paulo. Os casos são importados e, por isso, não há mudança da situação nacional do Brasil, uma vez que não há evidências de circulação local do vírus em território brasileiro. No momento, 531 casos suspeitos são monitorados pelo Ministério da Saúde e outros 315 casos já foram descartados por exame laboratorial (dados de 4 de fevereiro de 2020).

Os critérios definidos pelo Ministério da Saúde do Brasil para caso suspeito de COVID-19 enquadram, atualmente, as pessoas que apresentam febre e mais um sintoma gripal; a saber, tosse ou falta de ar e tiveram histórico de passagem pelos países com transmissão local do novo coronavírus.

O Centro de Operações de Emergência (COE)  é composto por técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública. Além do Ministério da Saúde, compõe o grupo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Evandro Chagas (IEC), além de outros órgãos.

A OPAS também organizou, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Participaram da capacitação especialistas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

Assim, durante a atividade, os participantes fizeram um exercício prático de detecção molecular do COVID-19 e receberam materiais essenciais para diagnóstico (primers e controles positivos). Acima de tudo, revisaram e discutiram sobre as principais evidências e protocolos disponíveis.

Além disso, a OPAS já doou ao Brasil primers e controles positivos, materiais essenciais para diagnóstico do coronavírus, e – junto com as autoridades de saúde brasileiras – está disponibilizando reagentes para outros países das Américas. 

 

Histórico do COVID-19 – Novo Coronavírus

 

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos.

 

Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Os coronavírus estão por toda parte. Eles são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.

 

Com efeito, ao todo, sete coronavírus humanos (HCoVs) já foram identificados: HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave), MERS-COV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo coronavírus (que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2). Esse novo coronavírus é responsável por causar a doença COVID-19.

 

A OMS tem trabalhado com autoridades chinesas e especialistas globais desde o dia em que foi informada, para aprender mais sobre o vírus, como ele afeta as pessoas que estão doentes, como podem ser tratadas e o que os países podem fazer para responder.

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem prestado apoio técnico aos países das Américas. Desse modo, tem recomendado manter o sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus.

 

Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional

 

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Essa decisão aprimora a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus.

A ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), “um evento extraordinário que pode constituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacional coordenada e imediata”.

É a sexta vez na história que uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional é declarada. As outras foram:

  • 25 de abril de 2009 – pandemia de H1N1
  • 5 de maio de 2014 – disseminação internacional de poliovírus
  • 8 agosto de 2014 – surto de Ebola na África Ocidental
  • 1 de fevereiro de 2016 – vírus zika e aumento de casos de microcefalia e outras malformações congênitas
  • 18 maio de 2018 – surto de ebola na República Democrática do Congo

A responsabilidade de se determinar se um evento constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional cabe ao diretor-geral da OMS. Certo que essa determinação requer a convocação de um comitê de especialistas – chamado de Comitê de Emergências do RSI.

Esse comitê dá um parecer ao diretor-geral sobre as medidas recomendadas a serem promulgadas em caráter emergencial. Essas Recomendações Temporárias incluem medidas de saúde a serem implementadas pelo Estado Parte onde ocorre a ESPII – ou por outros Estados Partes conforme a situação. E, as medidas de saúde visam prevenir ou reduzir a propagação mundial de doenças e evitar interferências desnecessárias no comércio e tráfego internacional.

 

A OPAS e a OMS estão prestando apoio técnico aos países, na preparação e resposta ao surto de COVID-19.

 

Sobretudo, as medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias. A saber: se uma pessoa tiver febre, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico assim que possível; do mesmo modo, deve compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde; lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço; e, em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.

Fonte: OPAS Saúde

Foto Destaque: Um número crescente de nova-iorquinos começou a usar máscaras faciais como precaução contra o coronavírus. A cidade registrou seu primeiro caso em 1º de março. Foto: ONU/Loey Felipe

Enfim, saiba como lidar com o medo e ansiedade pela doença

 

 

Fiocruz descarta caso suspeito em Maricá.

 

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