Antes de mais nada, dia 30 de março, o Movimento de Ressurgência Puri estará lançando sua primeira Coleção de resgate da Cultura Indígena no Museu de Arte do Rio (MAR). Telefone (21) 3031-2741. Então, é um bom momento para conhecermos e saber um pouco da cultura indígena.
Desse modo, participam desta Coleção os/as autores/as puri:
– Ponan Puri (Zélia Balbina) com POESIA EM MOVIMENTO;
– Dauá Puri com TEMPO DE ESCUTA (Histórias Infantis e Alkeh Poteh);
– Niara do Sol com PLANTAS QUE CURAM;
– Náma Puri (Carmelita Lopes) com CASOS & CAUSOS DA MEMÓRIA AFETIVA;
– Marcelo Sant’ana Lemos com VOCABULÁRIO PURI;
– Coletivo Puri e Amigos com FALAS E CANTOS PURI: Dauá Puri, Jurandir Puri, Ponan Puri (Zélia Balbina), Opetahra Puri (Solange Reis) e Apoena Puri;
– Coletivo Puri e Amigos com COLETÂNEA LITERÁRIA: Tuschahi Puri, Oscar Gomes, Raial Orotu Puri (Andréia Baia Prestes), Náma Puri (Carmelita Lopes), Jerry Puri, Opetahra Puri (Solange Reis), Zé Maria Pedro Puri, Ponan Puri (Zélia Balbina), Dauá Puri e Sônia Ortiz.
Conheça a história do Movimento de Ressurgência Puri Por Nãma Puri (Carmelitas Lopes)
Apesar de invisibilizados pelo Estado e até recentemente não reconhecidos pela política indigenista brasileira, os Puri vivenciam, hoje, um processo de ressurgência. De fato, processo já refletido no Censo IBGE/2010, quando 675 pessoas espontaneamente declararam o pertencimento Puri. Desses, 169 vivem no estado do Rio de Janeiro, 335 em Minas Gerais. Além disso, 113 vivem no Espírito Santo e 24 em São Paulo.
A partir de ações afirmativas – em especial, no que concerne à capital carioca, através das atividades realizadas na Aldeia Maracanã entre 2006 e 2012 –, pessoas diversas têm declarado seu pertencimento étnico, “os ressurgidos Puri”, que se comunicam principalmente através das mídias sociais, do WhatsApp e de websites, agindo em conjunto para a realização de encontros presenciais e eventos organizados pelos Puri autodeclarados. Abarcam, principalmente, o eixo Minas-São Paulo-Rio de Janeiro e, em 2013, se organizaram, adotaram o nome de Movimento de Ressurgência Puri e uma Carta de Princípios aprovada em 2014.
Esse movimento nasce no contexto urbano do Rio de Janeiro. Nasce da afirmação identitária e contestação ao suposto desaparecimento do povo indígena Puri no Brasil. Além disso, está em permanente construção e ampliação. De fato, ações concretas pela ressurgência do povo, num processo permanente de busca e de construção dessa identidade. Semelhantemente, pela luta pelo reconhecimento identitário, de suas terras tradicionais e de seus direitos originários.
Da mesma forma, funciona como espaço de troca de experiências, de estímulo ao conhecimento e ao reconhecimento mútuo, de valorização do intercâmbio de histórias, de conhecimentos medicinais e terapêuticos, de hábitos alimentares e de formas de viver, da língua puri, do pertencimento cultural tradicional, de fomento à localização dos parentes e de ações que visam a proteção do direito de propriedade intelectual, numa emergência étnica.
Dauá Puri, o contador de histórias, também no Espraiado de Portas Abertas
Assista aqui, o convite feito por Dauá Puri no Sítio do Riacho, de Regina Sebould, durante o último evento (10/02/2019) do Espraiado de Portas Abertas, Maricá (RJ). Dauá fala sobre a ressurgência dos povos indígenas da região sudeste e apresenta alguns trabalhos, coletâneas que fazem parte da Coleção Semear. Confira:
De fato, Dauá Puri é natural do Rio de Janeiro, e alguns anos atua como contador e caçador de histórias. Além disso, é animador de radiodifusão em eventos culturais. Como indígena, Dauá Puri leva consigo o respeito aos elementos da natureza e os conhecimentos milenares de suas energias. Sua própria história se mistura às cantigas que compõe, e aos textos que escreve. Dauá Puri leva a platéia ao interior das matas, ao entendimento dos hábitos dos animais. E, desse modo, faz a platéia provar frutos e plantas curativas, que restituem corpo e alma…
Estudou técnicas de interpretação na Escola Teatral Martins Pena em 2008 e Curso de Contadores de História na Faetec-Quintino 2011. Curso Técnico de Jornalismo.
Simone Boechat,diretora executiva da M1News. Apresentadora e editora na M1NewsTv. Moção de Congratulações e Aplausos da Câmara de Vereadores de Maricá por divulgação de conteúdo jornalístico pelo site M1NewsTv.
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3 thoughts on “Movimento de Ressurgência Puri: Tem puri por aí?”
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