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Racismo no mercado de trabalho brasileiro em debate

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Racismo em cima da mesa

Primordialmente, nesta quinta-feira (06/06) as  dificuldades enfrentadas por negros e, especialmente, mulheres negras, no mercado de trabalho serão debatidas em Brasília. De fato, o racismo será objeto de debate que será realizado pelo UNESCO, em parceria com ONU Mulheres. E, também com a Organização Internacional do trabalho (OIT) e o Fundo de População das Nações Unidas. Certo que a coordenação ficará por conta do Sistema ONU no Brasil.

A desigualdade racial é uma realidade no mercado de trabalho brasileiro, embora pretos e pardos constituam mais da metade da população no país. O ambiente empresarial ainda tem grandes dificuldades para avançar no combate ao racismo. E, sobremaneira, o quadro se agrava ainda mais quando consideramos a situação das mulheres negras.

Debate: “Igualdade racial: gênero, raça e mercado de trabalho”

É neste contexto que se realiza o debate “Igualdade racial: gênero, raça e mercado de trabalho”. De fato, o debate acontece das 9h30 às 12h no B Hotel (SHN Quadra 5, Bloco J, Lote L).

De acordo com o Instituto Ethos, por meio da pesquisa “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas”, o racismo é evidente nas empresas. De fato, pessoas negras ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência e 4,7% dos cargos executivos nas empresas. Não obstante as empresas promoverem programas bem-sucedidos de equidade de gênero, em geral, a situação também é visível para as mulheres. Posto que, quando se trata de mulheres, a inclusão é de mulheres brancas, não de mulheres negras.

Além disso, a renda de 80% dos profissionais negros não passa de dois salários-mínimos, de acordo com dados da Oxfam. Antes de mais nada, a Oxfam é uma confederação, que busca soluções para o problemas sociais, a saber; pobreza, desigualdade e injustiça.

Racismo independentemente da capacitação

A pesquisa “Características do emprego formal da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2014” aponta que, quanto maior é a capacitação, maior também é a disparidade salarial entre negros e brancos. Entre os negros que entraram na universidade, sua renda não passa de 80% do salário de brancos com a mesma formação.

Desse modo, debates serão promovidos na busca de soluções para a igualdade racial. E, desse modo, contribuir para a transformação social com base nos direitos humanos e no desenvolvimento justo e igualitário.

 

Enfim, veja também:

 

Mulheres – Dificuldades no emprego e ascensão na carreira

 

Fonte: ONU BR

Foto Destaque: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu

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