primeiro dia da Expo Maricá

Palestras sobre inovação e tecnologia no primeiro dia da Expo Maricá

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Primeiro dia da Expo Maricá

A inovação deu o tom das palestras realizadas no primeiro dia da Expo Maricá, a tradicional feira empresarial da cidade, que acontece até sábado (12/11), no Esporte Clube Maricá, no Centro. O auditório montado no local abrigou os interessados em conhecer a Escola de Startup de Maricá, que desde 2019 vem sendo estruturada para impulsionar o desenvolvimento econômico local no ambiente digital por meio de empresas novas ou já existentes.

O superintendente de Tecnologia e Inovação da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Danilo Pitarello, explicou que a Escola de Startup vai ajudar os empreendedores da cidade a estruturar seus negócios para obter um produto viável, a ser oferecido ao mercado.

“Esse é o foco do nosso curso de marketplace, que atraiu mais de 300 interessados para as 50 vagas que foram abertas. Os alunos vão aprender a usar as plataformas digitais para vender seus produtos e serviços, com treinamento em marketing digital e de relacionamento, noções de fotografia e edição de vídeo”, afirmou ele.

Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), parceira da Codemar na criação da Escola de Startup, Martius Vicente Rodriguez ressaltou que desde 2019 foram feitas mais de cinco mil entrevistas com empresários e estudantes para identificar as principais demandas locais na área digital, para assim formatar a qualificação profissional de maneira a solucionar essas demandas. A metodologia é semelhante à empregada no polo tecnológico da cidade do Porto, em Portugal.

Técnicas de cultivo de tomates em estufa

Na parte da tarde, o presidente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), Celso Pansera, o agrônomo e consultor Moshe Gutman e o presidente da Tomates do Brasil, Calmon Cozer, falaram sobre a construção de um ecossistema de alimentos saudáveis em Maricá. Pesquisador de tomates em Israel, Moshe apresentou as técnicas para produção dos legumes orgânicos em estufas. Segundo o presidente da Tomates do Brasil, a ideia é criar o maior polo de cultivo orgânico do país em Maricá.
“Temos três estufas e nosso objetivo é ensinar os agricultores da região como usar as técnicas e orientá-los para que isso seja expandido em toda região. As estufas são de 500 metros quadrados e é orientada para o pequeno produtor”, disse Calmon.

Celso Pansera explicou que a empresa Tomates do Brasil está trazendo engenheiros com experiência de cultivos em terrenos hostis.

“Eles trazem as técnicas de como melhorar a qualidade da semente e produzir um alimento mais saudável e de uma forma mais eficiente”, declarou.

Também foi lançado no estande do ICTIM o número (21) 97278-8344 no aplicativo WhatsApp do projeto Horta em Casa para auxiliar as pessoas a produzirem as próprias hortas. Na primeira etapa será feito um mapeamento dos agricultores com interesse em iniciar produção de alimentos saudáveis no município. Depois, os técnicos da Cooperativa de Trabalho em Assessoria a Empresas Sociais em Assentamentos de Reforma Agrária (Cooperar) irão nas casas avaliar os terrenos e indicar quais produtos são indicados para o local e, pelo aplicativo, os agricultores receberão todo o suporte de uma equipe especializada em cultivos.

Inclusão digital nas escolas municipais

O gerente de projetos da Maricá Telecom, Leandro Alberto da Silva, apresentou o projeto de internet desenvolvido nas escolas municipais. Foram adquiridos 35 mil chips com internet móvel ilimitada e inseridos nos tablets que a Secretaria de Educação entregou aos alunos e professores. Segundo ele, os chips são licenciados pela Anatel e dão autonomia para que os estudos ultrapassem as salas de aula.
“A navegação é ilimitada nas plataformas do Google e do YouTube. Os dados nos chips são bloqueados para vídeos do Tik Tok e de jogos”, explicou Leandro.

Em seguida, Pedro Paulo Oliveira, da AdaptIdeas, apresentou o Maricá Edutech, programa desenvolvido pela Codemar de qualificação de jovens e adultos para inserção no mercado de tecnologia. No primeiro módulo serão 400 vagas com carga de 88 horas e início previsto para janeiro.

“A ideia é que ao final do curso as pessoas compreendam o papel do facilitador e gerente do produto e que ele consiga desenvolver um jogo”, afirmou Pedro, acrescendo que como pré-requisito as pessoas devem ser maiores de 18 anos e moradoras de Maricá.
Foto: Clarildo Menezes

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