Maricá entrega 30 casas reformadas em cinco bairros da cidade

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Residências reformadas pelo programa Habitar Melhorias apresentavam problemas de umidade, pintura, esquadria, e até mesmo rachaduras na estrutura

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Habitação e Assentamentos Humanos, realizou nesta quinta-feira (29/02), a entrega de 30 casas, em cinco pontos da cidade. Oito proprietários tiveram suas residências reformadas pelo programa Habitar Melhorias, no Manu Manuela, em São José do Imbassaí, e receberam suas chaves da mão do prefeito Fabiano Horta. As casas apresentavam vários problemas, dentre eles, degradação do solo, umidade, pintura, esquadria, e até mesmo rachaduras na estrutura.
As chaves de outras 22 residências reformadas, localizadas em Inoã; no Beco do Dantas, em Araçatiba; no Marquês e no Retiro também foram entregues aos proprietários.

“Esse é um programa que nos emociona, porque vemos a transformação na vida das pessoas, na casa, no ninho delas e vê que a vida se transforma, que as pessoas passam a olhar para o seu lugar, para o seu canto, de uma maneira muito grata e muito feliz. Garante saúde, garante um estado de espírito de uma casa completamente renovada, segura, onde todos os elementos estruturais são refeitos e o elemento estético da casa também se faz. As pessoas, sem dúvida nenhuma, nessas oito entregas que a gente fez aqui, o olhar delas traduzia a alegria e a satisfação de estar construindo uma vida melhor, um mundo melhor para todos nós”, declarou o prefeito Fabiano Horta.

Secretário de Habitação e Assentamentos Humanos, Victor Maia, contou que cerca de 90% das casas que entra no programa de melhorias tem princípios de incêndio nas instalações elétricas. Por isso, a reforma elétrica de todas as casas tem sido realizada, dando segurança a essas famílias.

“Além disso, há a questão estética. Vários relatos de famílias que tinham vergonha de receber pessoas em suas casas e a gente consegue melhorar isso, dando a elas um novo sentido de pertencimento do lugar em que vivem. É uma satisfação estar à frente desse programa porque ele, sobretudo, tenta trazer traços de ressignificação de identidade, de dignidade. Eu costumo dizer que a nossa casa é o palco da nossa existência, então é preciso que ela seja segura, confortável, bonita e, sobretudo, digna para essas pessoas”, explicou o secretário de Habitação, Victor Maia.

Moradores comemoram melhorias

Entre os moradores que comemoravam a reforma de suas casas, estava a cabelereira Jennifer Ferreira, 29 anos, que mora com o marido, servente, e seus três filhos.

“Eu estava conversando com ele sobre a dignidade, de poder entrar no meu lar e me sentir em casa. Porque antes eu ficava triste quando as crianças perguntavam, mãe, por que aqui é assim? Então, para mim, isso aqui é dignidade. É eu poder dizer, aqui é meu lar, minha casa. A casa tinha umidade, e além da umidade, tinha a poeira do chão, porque a gente entrou no contrapiso, que soltava pó. Meu mais velho tem bronquite, o caçula asma, aquilo acarretava mais e mais as crises asmáticas dele. Era UPA e hospital direto. Agora, com os tratamentos e a casa reformada, isso vai acabar”, disse.

A residência onde o despachante Carlos Alberto Souza, 49 anos, mora com a esposa e filho recebeu muitas melhorias, mas o antes e depois da cozinha realmente chamava a atenção.

“Para mim foi muito bom participar desse projeto, me deu qualidade de vida. A casa estava inabitável. Não tinha condição de continuar morando nessa casa do jeito que estava. Muita infiltração, sem pintura, sem saneamento básico. E foi feito tudo, graças a Deus. Parte elétrica também foi reformada. Agora vai dar prazer de voltar pra casa”, revelou.

Emocionada, a catadora de garrafas pets e material de ferro velho, Sandra Helena, 41 anos, também falou sobre a reforma de sua residência.

“Superou toda e qualquer expectativa. Tudo foi modificado, melhorado. Eu me encontro ainda sem palavras para agradecer o que aconteceu aqui. O que eu sonhei para minha filha, vocês realizaram. Tudo que eu iria trabalhar, lutar, para construir. Para conseguir chegar a esse nível, eu teria que trabalhar e lutar por uns dez anos ou mais. Eu sinto, hoje, que tenho uma casa funcional, com estrutura. Para vocês terem uma ideia do meu sacrifício, eu gastava muito tempo para esquentar a água para dar banho na minha filha. Agora, vou ligar o chuveiro e vai ter água quente. Eu vou ganhar qualidade de vida, vou ganhar tempo para me dedicar mais a ela”, concluiu Sandra, ao lado do marido e da filha Beatriz, 13 anos, que é cadeirante.

Foto: Evelen Gouvêa

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