Joenia Wapichana indígena e o Prêmio Direitos Humanos
Joenia Wapichana
Joenia Wapichana, a primeira advogada indígena no Brasil. Antes de tudo, foi uma das homenageadas com o prêmio dado a cada cinco anos desde 1968.O Prêmio de Direitos Humanos de 2018 foi entregue em 18/12/2018 a três mulheres e a uma fundação, durante uma cerimônia realizada no salão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Direitos
A sessão reconheceu ainda a ativista dos direitos das meninas à educação Rebecca Guymi, da Tanzânia. A advogada de direitos humanos no Paquistão, Asma Jahangir, recebeu a homenagem póstuma. Todavia, a ONU também premiou a fundação irlandesa Front Line Defenders, que trabalha para proteger ativistas em risco.
Joenia Wapichana disse que o prêmio significa o reconhecimento dos povos indígenas dentro do sistema de direitos humanos.
“O prêmio, é justamente para dizer que nós aqui, neste mundo todo, somos parte da sociedade, com uma cultura diferente, forma de vida diferente, e ainda temos demandas. Então, ser reconhecida como defensora dos direitos humanos significa que tenho uma causa a defender. Essa causa tem que ser visibilizada dentro deste contexto da ONU.”
Desafios
De certo a ativista brasileira destacou ainda que para ela, um dos maiores desafios da atualidade é chamar atenção para aqueles que são os povos mais vulneráveis do planeta.
“Por que é que eu falo que são vulneráveis? Porque dependem da proteção de um território, dependem dos recursos naturais que ali protegem, e protegem com as suas próprias vidas. Existem muitos indígenas que estão sofrendo violência, conflito de terras, que fazem uma demanda de reconhecimento dos seus territórios como fundamental para a sua sobrevivência física e cultural, para a sobrevivência dos seus conhecimentos tradicionais que hoje estão ameaçados. Seria difícil eu pensar um mundo sem povos indígenas, e a gente tem toda uma mega diversidade, uma riqueza cultural, que precisamos colocar em proteção.”
Cerimônia
Durante a premiação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que os defensores dão voz àqueles que não têm, protegem os impotentes contra a injustiça e defendem todos os direitos: econômicos, civis, políticos, sociais e culturais.
Certamente, o chefe da ONU disse que eles “apoiam o Estado de Direito ou trabalham pacificamente para mudar leis e garantir que mulheres e meninas, comunidades indígenas, minorias e outros grupos marginalizados possam exercer seus direitos”.
Certamente, ele lembrou que os homenageados agora dividem o prêmio com outros notáveis apoiadores, como Eleanor Roosevelt, Martin Luther King, Nelson Mandela, Jimmy Carter e Malala Yousafzai, juntando-se a uma “lista de prestígio”.
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Foto Destaque:Da esquerda para a direita, Michelle Bachelet, alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos; António Guterres, secretário-geral da ONU; Mariam Alkhawaja, representando a fundação Front Line Defenders; Joenia Wapichana, ativista e advogada indígena do Brasil; María Fernanda Espinosa, a presidente da Assembleia Geral da ONU. Munizae Jahangir, que recebeu o prêmio pela mãe, Asma Jahangir; Rebecca Gyumi, ativista da Tanzânia; e Catherine Pollard, subsecretária-geral da ONU para a Assembleia Geral e Gerência de Conferências. Foto: ONU/Evan Schneider.
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