Greve de Caminhoneiros termina, Petroleiros recuam e Governo Federal corta verbas sociais
Greve de Caminhoneiros termina – Estradas começam a voltar à normalidade
A maior parte das rodovias que estavam bloqueadas, já tiveram suas passagens desobstruídas e o trânsito voltou ao normal e, em alguns pontos, pode-se observar a fiscalização da Polícia Federal. Já em outros trechos, ainda tem manifestações de caminhoneiros, como é o caso do Porto de Santos.
O abastecimento de combustível está voltando à normalidade. E os postos de gasolina já estão atendendo à população, em alguns as filas estão grandes, pois agora o que as pessoas estão em busca é de um preço melhor, já que tem postos que o valor do combustível está acima do que é estipulado. Mas, o governo pediu para que fossem feitas fiscalizações para coibir essa prática abusiva dos preços.
Os aeroportos também já estão operando normalmente. A maior dificuldade que a população está enfrentando é com a falta de produtos perecíveis, que ainda não é encontrado em todos os estabelecimentos, e com a falta de gás de cozinha. Onde o abastecimento de alimentos está chegando, os preços estão conseguindo voltar à sua normalidade também. Mas, acredita-se que em menos de uma semana, tudo volte ao normal em todos os estados.
Petroleiros recuam na greve por causa da multa diária que passou de R$500 mil para R$2 milhões
A Ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), com o intuito de coibir a greve de advertência dos petroleiros, aumentou as multas diárias de R$500 mil para R$2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento, caso os petroleiros prosseguissem com a paralisação. O TST ainda cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência.
Diante disso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) recomendou aos sindicatos a suspenderem a greve. “Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada.” Essa declaração foi dada em uma nota divulgada aos petroleiros e à sociedade, no próprio site da FUP.
A FUP deixou claro que os petroleiros fariam esse recuo, por causa da multa “abusiva e extorsiva” estipulada pelo TST, porém a luta por suas reivindicações não acabou e, que eles vão continuar até que se consiga a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente. “Os petroleiros saem da greve de cabeça erguida, pois cumpriram um capítulo importante dessa luta, ao desmascarar os interesses privados e internacionais que pautam a gestão da Petrobrás. O representante da Shell que o mercado colocou no Conselho de Administração da empresa já caiu. O próximo será Pedro Parente.”
Governo Federal anunciou corte nos gastos públicos
Para viabilizar os subsídios do desconto de R$0,46 no litro do diesel, concedido no acordo firmado do governo com os caminhoneiros, a fim de que se cessassem as manifestações, o governo anunciou, nesta quinta-feira, o cancelamento de gastos públicos.
O subsídio para que o desconto no preço do diesel seja mantido por 60 dias, custará aos cofres públicos R$9,58 bilhões. Depois desse prazo, os caminhoneiros vão precisar se organizar melhor para o reajuste mensal que será feito.
O governo acabou com os investimentos na indústria química; reduziu os valores que eram destinados aos exportadores; reduziu o crédito no Imposto Sobre Produtos Industriais (IPI) para refrigerantes; e reduziu também a verba destinada à alguns setores e programas que seriam realizados esse ano de 2018, como a Gestão de Políticas Públicas de Juventude; Políticas de Igualdade e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; Fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS); Saneamento Básico; Esporte, Cidadania e Desenvolvimento; Política Pública sobre Drogas; etc., todos publicados no decreto nesta quinta-feira no “Diário Oficial da União”.
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