Amazônia e Pantanal

Amazônia e Pantanal: o porquê dos incêndios ambientais

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Amazônia e Pantanal pedem socorro

Ao contrário do que muitos pensam, os incêndios ocorridos na Amazônia e no Pantanal não são naturais ou normais. Apesar de acontecerem com regularidade, são causados por humanos e, desde o dia 16 de julho estão proibidas, ou seja, são ações criminosas. Na Amazônia e no Pantanal brasileiro, o fogo está frequentemente ligado ao desmatamento, pois esta é uma ferramenta para finalizar o processo e “limpar” a área. O fogo também pode ser usado para limpar pastos, e isso pode afetar áreas protegidas da floresta, visto que o fogo pode fugir do controle, se alastrar e causar até incêndios florestais. Outro uso do fogo é como instrumento de desmatamento. Após degradar a floresta, tirando as árvores mais preciosas e derrubando as plantas que ficam abaixo das copas das árvores, a floresta seca e fica suscetível as queimadas.

 

Há um número recorde de focos de incêndio e queimadas no Pantanal este ano, com os maiores números já registrados para os meses de março, abril, julho e agosto desde que as medições começaram em 1998. O número de queimadas em julho deste ano é 4 vezes maior que a média geralmente registrada no mês. De 1° de janeiro a 22 de outubro foram 20.955 focos de queimadas e incêndios florestais, um recorde para o período e um aumento de 217% em relação ao ano passado. De acordo com os dados do Inpe Queimadas, julho registrou 4.977 focos de calor no bioma Amazônia, todos ilegais, já que o Decreto nº 10.735, que proibiu o uso do fogo no Brasil, está vigente desde 28 de junho de 2021.

 

Mesmo com a medida que proíbe queimadas em Mato Grosso a partir de 1 de julho, o Greenpeace registrou imagens de focos de incêndio na floresta amazônica no Estado em sobrevoo realizado em Julho de 2020. Os focos de calor também tiveram aumento expressivos em áreas que deveriam estar protegidas se comparados com os mesmos períodos do ano passado.

 

Foto: Brasil2/Unplash

Fonte: greenpeace.org.br

Por: André Santos

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