O combate à Covid-19 nas ações do IFF
IFF desenvolve ações de tecnologia, pesquisa e extensão no combate à Covid-19
As iniciativas no combate à Covid-19, desenvolvidas pelo IFF, envolvem tecnologia, pesquisa e extensão. Com efeito, produção de protetores faciais para profissionais da saúde, laringoscópios para intubação de pacientes, máscaras de tecido para a população, álcool a 70%, sabonete líquido, arrecadação de alimentos, entre outras. Tudo é destinado à doação.
Uma importante mobilização em benefício da comunidade. O que já era natural nas ações do Instituto Federal Fluminense e das demais instituições públicas de ensino do país; a saber, o foco na população, ficou ainda mais evidente. E, sem dúvida, indispensável nas últimas semanas para o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, que causa a doença denominada Covid-19.
O IFFluminense tem desenvolvido diversas ações, seja com a tecnologia ou com projetos de pesquisa e extensão.
No combate à Covid-19: protetores faciais, ou face shields
Uma das principais iniciativas é a produção de protetores faciais – também conhecidos como face shields –no parque de impressão 3D, instalado no IFF Campus Campos Centro. Há um mês, no dia 27 de março, teve início o trabalho de impressão e montagem e, desde então, já foram produzidos dois mil protetores faciais. Todos são destinados à área da saúde para utilização pelos profissionais que estão na linha de frente no combate ao novo Coronavírus.
Os equipamentos de proteção individual (EPIs) já produzidos foram doados a 18 entidades, instituições e órgãos do setor de saúde no estado do Rio de Janeiro-RJ, tais como o Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (Prefeitura de Campos dos Goytacazes), Policlínica da Polícia Militar do Estado, 5º Grupamento de Bombeiro Militar, Hospital Escola Álvaro Alvim, Associação Norte Fluminense dos Deficientes Físicos (Anfludef) e Unimed, todos em Campos, e Secretarias Municipais de Saúde no interior do estado, de cidades das regiões Norte, Noroeste, dos Lagos e Serrana.
As máscaras de proteção são produzidas por servidores do IFF, com o apoio do Polo de Inovação do Instituto na organização, operacionalização e manutenção das impressoras, e da empresa Sprint 3D, uma spin-off das pesquisas de ex-alunos do Curso de Engenharia de Controle e Automação do Campus Campos Centro, que surgiu no Polo de Inovação e é incubada na TEC Campos. A Sprint 3D fez a modelagem das hastes para impressão mais rápida, em tempo recorde, do melhor projeto dos protetores de face e que atende às especificações, de acordo com orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Parcerias importantes
Parcerias também têm possibilitado ampliar a produtividade, como é o caso do apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A Firjan viabilizou o corte a laser de PET-g, usado na impressão dos arcos para suporte do acetato nos protetores faciais; o que otimiza bastante o processo.
O IFF recebeu diversas doações de matéria-prima, todas muito importantes para a continuidade do trabalho de produção de EPIs. Entre essas doações, estão mil folhas de acetato do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional (Sinasefe); mil hastes do Instituto Politécnico da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Senai Friburgo. Além disso, doação pela empresa GNA – Gás Natural Açu, que atua no Porto do Açu, em São João da Barra-RJ, de materiais para a produção de 5.000 protetores faciais. As doações da GNA incluem 5.500 folhas de acetato, 220 rolos de filamento, 55 rolos de elástico e 55 unidades de adesivo líquido.
“O que me surpreende muito nisso tudo é a solidariedade. Esses tempos agudos revelam o que há de melhor e de pior nas pessoas, mas aqui nós temos vivido e sentido o que há de melhor nelas, e por isso eu fico bastante contente e esperançoso”, avalia o diretor de Internacionalização e Inovação do IFF, professor Henrique Monteiro da Hora.
IFFluminense está preparado para produção de laringoscópio com câmera usado para intubação de pacientes
A equipe do parque de impressão 3D instalado no Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense adaptou um laringoscópio com câmera para auxiliar os profissionais da saúde na intubação de pacientes com problemas respiratórios. A iniciativa partiu de uma demanda do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus de Campos dos Goytacazes-RJ apresentada ao Polo de Inovação do IFF. Assim como os protetores faciais, os laringoscópios também serão doados, porém, serão produzidos sob demanda.
Ele destaca ainda que o custo final de produção é de menos de R$50,00. Visto uso de filamento PLA para impressão e de uma câmera adquirida por menos de R$40,00. Enquanto isso, o laringoscópio tradicional, produzido com material metálico, custa em torno de R$ 1.000,00.
“A câmera é importante para facilitar a intubação, realizar o procedimento no menor tempo possível e reduzir o risco de machucar o paciente durante esse processo”, comenta o empreendedor da startup Sprint 3D, Thiago Pessanha.
Thiago tem auxiliado na produção dos protetores faciais e colaborou nos testes do laringoscópio. Ele acrescenta que vários modelos possuem apenas iluminação por LED em vez de câmera.
Polo de Inovação desenvolve equipamento para filtrar ar de hospitais e UTIs
O Polo de Inovação do IFF, ligado à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), está atuando no desenvolvimento de novas tecnologias. Do mesmo modo, atua na busca de soluções inovadoras que possam contribuir com a sociedade no enfrentamento da Covid-19. Em parceria com a empresa Biotecam, pesquisadores do Polo desenvolvem um filtro aerador para transformar o ar infectado com vírus e bactérias em ar puro.
O equipamento, móvel e de baixo consumo energético, deverá ficar pronto em cerca de 35 dias. E, por certo, será utilizado para diminuição do risco de contaminação em hospitais de campanha, Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e outras unidades de saúde.
O diretor do Polo de Inovação, Rogério Atem, explica que o sistema do filtro absorve o ar circulante nos espaços hospitalares. E, dessa maneira, o ar é levado até um reservatório por onde passa por uma solução desinfectante. Após este processo de limpeza, o ar é oxigenado e devolvido ao ambiente.
“O sistema de exaustão do ar vai garantir que o ambiente crítico com a presença de pacientes infectados fique com pressão levemente negativa. Além disso, garante que o ar seja ‘lavado’ em tanques para depois ser devolvido ao ambiente, descontaminado”, ressalta Rogério.
E, ainda mais, no combate à Covid-19, produção de álcool a 70%, máscaras de tecido, sabonete líquido e água sanitária
O IFF Campus Campos Centro, por meio de ação realizada por uma equipe de 11 professores do Curso Técnico em Química, já fracionou quatro mil litros de álcool etílico a 70% (álcool líquido), do total de 10 mil litros do produto doados pela Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro). Antes, o material é separado em vasilhames menores esterilizados no campus para que não haja contaminação. O álcool envasado é doado ao Hospital Geral de Guarus (HGG); que, desse modo, distribui para as instituições de referência no combate ao Coronavírus em Campos dos Goytacazes.
Além disso, o Instituto também está se preparando e adquirindo matéria-prima para produzir álcool em gel, sabonete líquido e máscaras de tecido para doação. O trabalho, coordenado e multicampi, prevê o envolvimento também do Campus Itaperuna que irá produzir, para doação, cinco mil máscaras de tecido em parceria com costureiras de um projeto social mantido pela prefeitura, e 1.500 litros de sabonete líquido distribuídos em frascos de 500ml. A Unidade de Formação de Cordeiro vai colaborar produzindo máscaras de tecido, e o Campus Cabo Frio vai produzir álcool a 70% para distribuir gratuitamente aos hospitais, além de água sanitária para as comunidades quilombolas da região.
Enfim, confira aqui outras ações que o IFF desenvolve no combate à Covid-19.
Fonte/Fotos: IFF