Sustentabilidade: Codemar e Aeroporto de Maricá são parceiros da Horta Comunitária do Manu Manuela
Podas da grama do sítio aeroportuário recebem novo descarte e função, aumentando a qualidade do solo e das plantações em bairro da cidade
A Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) tornou-se parceira da Horta Comunitária do Manu Manuela, que produz hortaliças, frutas e plantas ornamentais. Cerca de uma tonelada de resíduo das podas da grama do Aeroporto de Maricá (SBMI) será destinada, semanalmente, para a produção de insumos para o processo de compostagem do solo da horta. A iniciativa também faz parte do projeto Recicla Codemar, que atua como incentivador de boas práticas sustentáveis dentro da companhia e no município.
“A horta comunitária já é um projeto anterior junto da Codemar e, com o tempo, a gente conseguiu observar algumas demandas que sempre ficavam pendentes aqui. Uma delas era a disponibilização de insumo, de adubo, para melhorar a característica do solo. Tendo em vista todos esses objetivos de desenvolvimento sustentável e uma cadeia cíclica sustentável do aeroporto, a gente conseguiu pensar na poda como um adubo verde, orgânico, para tentar suprir esse gargalo. Hoje, a gente tenta suprir, mesmo que minimamente, essa necessidade de dar uma condição melhor de produção para esses agricultores e permissionários”, destacou o superintendente de Sustentabilidade da Diretoria de Economia Criativa e Sustentabilidade da Codemar, Ruan Azevedo.
O superintendente de Manutenção e Infraestrutura Aeroportuária do Aeroporto de Maricá, Saulo Bucker, explicou que o SBMI conta com equipes que trabalham dia e noite de manutenção das áreas verdes, buscando cumprir os padrões normativos, que é manter a grama com altura máxima de quinze centímetros. Para isso, há a poda semanal do sítio aeroportuário, com retirada de 1 tonelada de grama.
“Esse é um trabalho fundamental, justamente na manutenção de áreas verdes. A poda é importantíssima para o controle de fauna no aeroporto, assim como o recolhimento desse material, porque quando a gente faz o serviço de roçagem da área ela precisa ser limpa imediatamente. Para cada tipo de vegetação a gente tem um atrativo diferente da fauna, então isso é um controle essencial que a gente faz para a operação do aeroporto, para os animais e para segurança geral dos usuários, pilotos, passageiros e todos que estão na área operacional”, apontou Bucker.
Segundo a diretora de Operações do Aeroporto de Maricá, Marta Magge, os restos de alimentos, de poda e de aparas de grama são transformados em adubo, enquanto os recicláveis coletados vão para cooperativas de resíduos na cidade.
“Atualmente, só mandamos para aterro sanitário o que é descartado em banheiros e resíduos que alguns colocam em local errado. Mas temos estudado tecnologias para a utilização também desses resíduos. Lá na frente, queremos dar destinação a praticamente tudo o que se descarta no aeroporto. Quem sabe seja possível gerar energia ou biogás”, completou Magge.
Loteamento destinado ao plantio vê melhora do solo
Edvaldo Martiniano da Silva, representante dos permissionários responsáveis pelo plantio dos lotes da Horta Comunitária do Manu Manuela, comentou que o solo carecia de uma adubagem especial, conforme mostrou um estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Nós precisávamos transformar esse solo, quebrado com calcário, trazendo material orgânico de fora. Aí entrou a parceria com a Codemar e outros equipamentos. Quando essa poda chega aqui a gente a distribui com um aspecto de composteira que vai se fermentando e transformando o solo. E já estamos vendo o resultado porque com a terra viva você encontra minhoca com dez centímetros. Essa é uma das principais características para você ver se a terra é produtiva ou não”, afirmou Martiniano.
Foto: Leonardo Fonseca
Fonte: Codemar