Bloco Sem Terra

Segunda-feira de Carnaval é dia de Bloco Sem Terra em Olinda

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Há 23 anos a troça liderada pelo Movimento Sem Terra reúne militantes de organizações da esquerda e ativistas que se identificam com as causas progressistas

 

Mantendo uma tradição iniciada há 25 anos, milhares de ativistas, militantes e cidadãos identificados com as bandeiras da esquerda se reúnem, na segunda-feira de Carnaval, no Bloco Sem Terra para desfilar bandeiras vermelhas nas ladeiras de Olinda. A concentração está marcada para o meio-dia, na barraca do Movimento Sem Terra (MST), em frente ao Forte de São Francisco – o popular Fortim do Queijo -, na rua do Sol, a 350 metros da Praça do Carmo. O bloco tem saída marcada para as 15h.

 

O bloco reúne ativistas, militantes, lideranças políticas, cidadãos e cidadãos identificados com as bandeiras da esquerda. Este ano o Bloco Sem Terra levanta os estandartes da luta pela taxação dos super-ricos no Brasil e do fim da escala de trabalho seis por 1 (escala 6×1, quando os trabalhadores dão expediente por seis dias na semana e descansam apenas um).

O bloco também presta homenagem à resistência do povo palestino e levanta a bandeira de negação para o pressão da extrema-direita por anistia àqueles que financiaram e executaram os ataques aos prédios dos três poderes a República, no 8 de janeiro de 2023.

Bloco Sem Terra

A história

Tudo começou no ano 2000, quando o MST montou uma barraca em Olinda para vender bebidas e comidas, com o objetivo de se consolidar como um ponto de encontro da militância. Deu certo e os militantes decidiram ir desfilar pelas ladeiras. Em seu primeiro ano o bloco saiu da Ribeira com o nome “Vará pra funcionar”, um trocadilho com a burocracia para colocar uma placa em frente ao escritório do movimento, já que era necessário um alvará.

No segundo ano a troça desfilou com a brincadeira popular do boi. Desde então o bloco só cresceu e desde 2013 ganhou corpo para sair como grande bloco pelas ruas do Sítio Histórico. O ponto de saída é sempre a barraca do MST, que durante alguns anos ficou no Sítio de Seu Reis (bairro do Carmo) e há pelo menos cinco anos funciona no Fortim, no Bairro Novo.

Foto: Comunicação Rosa Amorim
Fonte: Brasil de Fato

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