Secretária de Saúde de Maricá tira dúvidas sobre vacinação
Secretária de Saúde de Maricá tira dúvidas em live
Em transmissão realizada nas redes sociais oficiais da Prefeitura, na tarde desta quarta-feira (24/02), a secretária de Saúde de Maricá, Simone Costa, esclareceu dúvidas a respeito da vacinação contra a Covid-19 no município. Simone começou destacando que em Maricá a opção foi por respeitar o Programa Nacional de Imunização (PNI) do governo federal e de não agir de maneira afoita.
“Nós nos preparamos para vacinar todo mundo, e vamos fazer isso, mas ficamos frustrados pelas quantidades ínfimas de vacinas que estamos recebendo. Só de profissionais de Saúde, temos cerca de cinco mil pessoas, e ainda precisamos dar prioridade a idosos e indígenas, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Por isso, optamos por seguir essas prioridades, ao mesmo tempo em que nos comprometemos a imunizar esses grupos completamente: não adianta aplicar a primeira dose e não concluir a imunização do grupo”, explicou.
Simone Costa falou sobre o andamento da vacinação, que vem recebendo críticas por supostamente estar muito lenta. Segundo a secretária, essa impressão ocorre justamente devido à estratégia adotada no município, que é de assegurar a segunda dose a todos que receberem a primeira – ao contrário da ação de outros municípios, que utilizaram todo o quantitativo para dar a primeira dose e se viram sem vacina para todas as pessoas incluídas nos grupos prioritários, paralisando todo o processo.
“A velocidade da campanha de imunização depende da quantidade de vacinas que recebemos, e esse dado nunca nos é passado com antecedência, para que possamos nos programar. O governo do estado de um dia para o outro avisa que teremos direito a determinado número de vacinas. Como o intervalo entre as doses da Coronavac é de 21 dias, optamos por aplicar a segunda dose em quem recebeu a primeira”, ressaltou.
Ainda de acordo com Simone, todos os dados sobre a vacinação – quantidade de vacinas recebidas e aplicadas, quais grupos são prioritários – estão disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de Maricá e são atualizados semanalmente. Sobre a pequena quantidade de vacinas que já chegaram à cidade desde 19 de janeiro – quando foi iniciada a vacinação – a secretária esclareceu que a distribuição do imunizante é feita com base nos dados populacionais oficiais do IBGE, que estão desatualizados.
“Pelo IBGE, Maricá tem cerca de 162 mil habitantes, mas nós que trabalhamos aqui sabemos que a população aumentou neste ano de pandemia. A vacinação contra a H1N1, realizada em abril, nos deu uma boa mostra disso: tínhamos cerca de 18 mil idosos na cidade, segundo nosso cadastro, mas terminamos vacinando 25 mil pessoas. E hoje, nosso cadastro mostra 29. 431 idosos de mais de 60 anos, fora o que não estão cadastrados. Já oficiamos o governo do estado para demonstrar que precisamos de mais vacinas do que recebemos”, disse a secretária.
Durante a transmissão, a secretária também fez questão de esclarecer que, para agilizar todo o processo de vacinação dos idosos por faixa etária, é importante que todos os moradores da cidade acima de 60 anos devem estar cadastrados na Estratégia de Saúde da Família: o cadastro já pode ser feito na unidade de Saúde do bairro onde a pessoa vive ou através dos Agentes Comunitários de Saúde.
“Também é fundamental que esses idosos, ou seus familiares, acompanhem semanalmente no Portal da Transparência a atualização do cronograma de vacinação, que depende tanto da quantidade de vacinas disponíveis quanto de números corretos sobre o grupo a ser imunizado”, ressaltou Simone.
Foto: Clarildo Menezes