Quarto webnário ‘Reconstruindo o Brasil a partir de Darcy Ribeiro’ tem como tema ‘Ser indígena no Brasil’
Em meio à crise humanitária envolvendo os ianomâmis, evento online vai discutir realidade dos povos originários
A Prefeitura de Maricá, a Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) e a Fundação Darcy Ribeiro apresentam, no dia 28/02, às 19h30, o quarto episódio da série de webnários “Reconstruindo o Brasil a partir de Darcy Ribeiro”, cujo tema será “Ser indígena no Brasil”, homenageando o centenário de Darcy Ribeiro. Desta vez, o convidado a compartilhar visões e experiências é Cristian Wariu, um jovem do povo xavante com ascendência guarani que ganhou notoriedade depois de criar um canal no YouTube para mostrar sua rotina como indígena vivendo na cidade, no fim da década passada.
Cada um dos episódios tem uma temática diferente, mas sempre apontando perspectivas que foram trabalhadas nas obras do antropólogo e educador que escolheu Maricá como lar. O evento será transmitido pelo canal da Prefeitura de Maricá no YouTube (@prefeiturademarica1) e poderá ser acompanhado presencialmente por alunos do Colégio Estadual Professor Darcy Ribeiro, em Itaipuaçu, de onde será feita a transmissão das batalhas de rap e slam sobre o tema. Participam também a rapper e ativista Nega Gizza e os coletivos Ruasia Maricá e Poesia na Rua. A curadoria é de Heloísa Buarque de Hollanda.
“O tema é de suma importância, pois estamos vivenciando a tragédia humanitária em curso na terra indígena ianomâmi. Discutir a temática indígena faz-se necessário como respeito aos povos originários e, principalmente, em respeito à memória de Darcy Ribeiro, por toda sua história com os povos indígenas do Brasil. Maricá não podia deixar de abordar esse tema tão pertinente, uma vez que abriga, em seu solo, duas aldeias: Mata Verde Bonita (São José do Imbassaí) e Sítio do Céu (Itaipuaçu). Essas duas aldeias indígenas se esforçam para preservar a comunicação pelo idioma Guarani, além de toda sua cultura milenar”, avalia Rita Rosa, professora e colaboradora da Diretoria de Economia Criativa e Sustentabilidade da Codemar.
Rap e slam
Nas batalhas de rap, música e rimas são as armas para superar o seu oponente. Um de cada vez, alternadamente, na batida proposta, falam sobre os mais diversos temas, principalmente sobre a vida nas periferias das grandes cidades, caprichando no improviso. É como uma conversa.
Já o slam, movimento que ganha cada vez mais espaço, é um pouco diferente. Os temas costumam ser bem parecidos: racismo, violência, as dificuldades da vida (mas há quem fale também de amor). Entretanto, aqui, nada de música. A poesia é falada para a plateia sem qualquer ajuda de artifício musical ou cenográfico. Cada participante tem até três minutos para recitar seu texto e, no fim, é escolhido o vencedor.
Foto: Divulgação
Fonte: Codemar