Tanguá – rio com projeto para distribuição de água em Maricá

Compartilhe essa matéria:

Projeto da Prefeitura que capta água do rio Tanguá vai regularizar distribuição em Maricá

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na terça-feira (05/06), a Prefeitura de Maricá reforçou sua preocupação com a sustentabilidade, detalhando um projeto essencial para o crescimento da cidade.

Com efeito, com uma grande extensão territorial (são 362km², onde cabem Niterói e São Gonçalo juntos), o município tem ainda uma precária cobertura de abastecimento de água dadas às suas dimensões e a dificuldades de captação e distribuição. Desse modo, cerca de 40% da população é atendida pela rede da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), distribuidora que detém o contrato com a cidade. Além de inibir a implantação de projetos e empresas, a carestia pesa no bolso dos moradores. Sem dúvida, em determinadas épocas do ano chegam a pagar até R$ 250,00 por um caminhão-pipa. 

 

Tanguá

 

Barragem no Rio Tanguá

 

A solução para esse gargalo de infraestrutura já está em andamento. A Prefeitura de Maricá vai construir com a Cedae, com recursos próprios, uma barragem no Rio Tanguá. Orçada em torno de R$ 250,00 milhões, a implantação vai permitir o abastecimento hídrico para todo o município, por pelos menos os próximos 20 anos. A expectativa é que o projeto fique pronto em 2 anos e meio. A barragem será feita em um local identificado pelos técnicos como ideal; a saber, na divisa entre os municípios de Rio Bonito e Tanguá, para a formação de um lago com uma área de 500 hectares. A partir desta formação, haverá condições de produzir uma vazão na ordem de 800 litros por segundo, dos quais 500 litros/segundo serão destinados para Maricá e outros o restante irá para a cidade de Tanguá.

 

Tanguá

 

Sustentabilidade do projeto

 

A sustentabilidade do projeto tem relação direta com a questão do saneamento. Isso porque, em paralelo à obra da barragem do rio Tanguá, será construída, pelo município, uma rede de saneamento de esgoto, com duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs): uma em Itaipuaçu e outra na Mumbuca.

“Vamos ter uma empresa de saneamento que está sendo criada; e a partir daí, faremos projetos, estação de tratamento, trabalho de Tomada de Tempo Seco (TTS) nos rios e nos canais da cidade. Teremos ainda uma grande estação de tratamento em Itaipuaçu. O futuro é assumirmos essa competência de atuar na área de esgoto. Além disso, vamos caminhar paralelamente com o projeto da água”, garantiu o secretário de Urbanismo.

 

 

Também de olho na sustentabilidade da cidade, um dos serviços realizados será o Sistema de Tomada de Tempo Seco, que consiste em um barramento de pequenas proporções. A tecnologia impede que o esgoto difuso seja lançado in natura nas galerias de águas pluviais ou cinturão de galerias pluviais, possibilitando o tratamento dos canais de Mumbuca e do Centro, que são os maiores poluidores da lagoa. Com esse sistema, o nível do tratamento denominado terciário deve chegar a 95%. Dessa forma, há uma estimativa de reduzir em 60% a poluição nestas galerias.

 

“Num primeiro momento nós vamos construir as galerias de cinturão para proteger as lagoas”. Assim declarou o  o coordenador de saneamento da Secretaria de Urbanismo explicando como funciona o sistema de Tomada de Tempo Seco.

“É chamada captação em Tempo Seco porque a maior parte do ano não chove; e com isso nós protegeremos a lagoa em mais 80% no período de um ano, por exemplo. A água que vai passar pela lagoa só passa de forma que o esgoto seja diluído e não concentrado como ocorre atualmente”, esclareceu Irinaldo Cabral.

 

Veja as belezas de Maricá do alto!

 

Sobre o autor(a)


Compartilhe essa matéria:

One thought on “Tanguá – rio com projeto para distribuição de água em Maricá

Comments are closed.