Prefeitura de Maricá leva ação de saúde à aldeia indígena
Secretarias de Saúde e de Proteção Animal se juntaram à Fiocruz para examinar moradores e cães da comunidade, em São José do Imbassaí
A Prefeitura de Maricá, por meio das secretarias de Saúde e de Proteção Animal e em parceria com a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), promoveu nesta segunda-feira (06/05) uma ação de saúde na aldeia indígena Mata Verde Bonita, em São José do Imbassaí. As equipes passaram o dia na comunidade realizando testagens para doenças como sífilis, HIV e as hepatites B e C, e também examinaram os cerca de 50 cães que vivem no local.
Todos os moradores da aldeia foram convocados a participar da ação, que se concentrou no posto médico que fica na entrada da comunidade. O primeiro a ser atendido foi Darcy Tupã, um dos líderes locais. Segundo ele, as famílias que vivem ali já aguardavam por esta ação.
“É uma forma de prevenir a vida e a saúde da nossa comunidade, e também dos nossos bichos. Nós vivemos diretamente com eles e estamos expostos. Fico grato a todos que vieram cuidar de nós”, declarou Darcy.
Micheli Ferreira, coordenadora da Vigilância em Saúde do município, ressaltou o impacto da iniciativa para o bem-estar dos indígenas, unindo prevenção e testagem contra as IST.
“Nessa mobilização coletiva, os profissionais da Secretaria de Saúde e da Fiocruz se uniram para promover a saúde na Aldeia Mata Verde Bonita. Com isso, oferecemos testes rápidos para as IST e orientações preventivas voltadas à qualidade de vida no local. Isso é fundamental para prevenir doenças que podem impactar o cotidiano dos indígenas e reforça que a Saúde é para todos”, afirmou.
De acordo com a chefe do ambulatório de Hepatites Virais da Fiocruz, Lia Lewis, os exames foram coletados para o diagnóstico e, em caso positivo, haverá acompanhamento dessas doenças.
“Muitas delas são curáveis e às vezes a pessoa nem sabe que tem. Por isso é preciso testar todos e oferecer o acesso ao diagnóstico e ao tratamento quando for necessário. É um trabalho de caráter primordialmente assistencial”, explicou a médica.
Foto: Clarildo Menezes