Pfizer e seu avanço na vacina e composto antiviral contra a COVID-19
Pfizer na pequisa da vacina
Antes de mais nada, a Pfizer divulgou avanços importantes na batalha contra a pandemia global da covid-19. Os esforços da companhia estão focados tanto no tratamento da doença quanto na possibilidade de prevenção do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a partir de uma vacina candidata cujo programa clínico deverá ser iniciado nas próximas semanas.
“A Pfizer está comprometida em tornar o impossível, possível. Estamos colaborando com parceiros do setor da saúde e instituições acadêmicas para desenvolver novas potenciais abordagens para prevenir e tratar a Covid-19. Nossos pesquisadores e cientistas também estão explorando novos usos potenciais de medicamentos já existentes no portfólio da companhia para ajudar os pacientes infectados”, afirma o CEO global da Pfizer, Albert Bourla.
O desenvolvimento da vacina é fruto de um acordo de colaboração global firmado entre a Pfizer e a alemã BioNTech, a partir da técnica de RNA mensageiro (mRNA); as vacinas deste tipo oferecem instruções ao organismo para orientar a produção de antígenos que permitem ao sistema imunológico combater a doença.
Desse modo, o início dos estudos clínicos ocorreu no mês de abril, nos Estados Unidos e na Europa. E, a partir da análise dos resultados, a companhia deverá submeter a vacina à aprovação das agências reguladoras, com possibilidade de iniciar o fornecimento das doses até o término do ano.
Tratamento da Covid-19
Um dos caminhos promissores trilhados pela companhia para o tratamento da covid-19 compreende a avaliação do potencial de tofacitinibe, a partir de um estudo independente de fase 2 em curso na Itália. Desse modo, trata-se de um inibidor oral da janus quinase, uma proteína importante nos processos inflamatórios característicos de algumas doenças autoimunes, como artrite reumatoide.
Ainda mais, a hipótese é de que essa ação também poderia mitigar a inflamação sistêmica e do alvéolo pulmonar dos pacientes com pneumonia associada ao novo coronavírus. Para avaliar essa possibilidade, a Pfizer também está dialogando com universidades sobre estudos adicionais; estudos envolvendo tofacitinibe e outros moduladores imunológicos que fazem parte portfólio da companhia.
“Estamos trabalhando para encontrar oportunidades de otimizar o tempo por meio de uma abordagem multifacetada, com uma profunda colaboração e parceria de todo o ecossistema de inovação em saúde, que envolve comunidade acadêmica, parceiros do próprio setor farmacêutico, formuladores de políticas públicas e órgãos reguladores”, afirma o líder científico e presidente mundial de pesquisa, desenvolvimento e medicina da Pfizer, Mikael Dolsten.
Novos compostos antivirais
Resultados dos ensaios iniciais de rastreamento de compostos antivirais confirmaram a possível atuação de uma molécula, assim como de moléculas análogas, como inibidoras potentes de uma proteína essencial para a replicação do vírus da covid-19.
Ainda mais, a partir desse achado, a Pfizer realizará estudos confirmatórios pré-clínicos, incluindo perfil antiviral adicional e avaliação da adequação da molécula para administração clínica.
Em paralelo, a companhia está investindo em estratégias que podem acelerar o início de estudos clínicos com essas moléculas. Estudos previstos para o terceiro trimestre de 2020, a depender da conclusão positiva dos estudos pré-clínicos.
Antibiótico contra um vírus?
Como forma de compartilhar informações que contribuam para a busca de tratamentos para a covid-19, um grupo de pesquisadores da Pfizer está à frente de uma revisão científica. A saber, revisão sobre estudos in vitro e clínicos. E, além disso, estudos relacionados às propriedades antivirais da azitromicina, antibiótico usado no tratamento de diversas infeções bacterianas.
Do mesmo modo, esse material deverá ser publicado na revista científica Clinical Pharmacology and Therapeutics. E, assim, poderá contribuir para pesquisas adicionais futuras a respeito do uso da azitromicina no combate à covid-19.
Plataforma colaborativa
A companhia tem colaborado com todo o ecossistema de inovação em saúde por meio de um plano global composto por cinco prioridades. O objetivo é contribuir com os avanços de pesquisas científicas; e, colaborar com a preparação do setor de saúde para responder melhor às futuras crises globais.
Enfim, os pontos principais do plano incluem, a saber; implementação de uma plataforma global para compartilhamento de conhecimento e ferramentas abertas para pesquisadores trocarem conhecimento sobre a nova doença; criação de uma equipe dedicada ao combate ao coronavírus; auxílio a biotechs para o desenvolvimento de medicamentos; disponibilização, pela primeira vez, da capacidade de manufatura da empresa para produção de medicamentos focados nas necessidades atuais para o combate à pandemia; e ainda mais, comunicação próxima com agências reguladoras e todos os esforços para auxiliar parceiros que consigam avançar na busca por terapias.
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Fonte: PFARMA