O uso de máscaras não é suficiente para proteção contra Covid-19
Somente uso de máscaras é insuficiente para se proteger da COVID-19
De acordo com as orientações publicadas em Genebra que reforçam que o uso destes equipamentos:
“é uma das medidas de prevenção que pode limitar a propagação de certas doenças virais respiratórias, incluindo a COVID-19”.
As orientações destacam, no entanto, que “o uso da máscara por si só é insuficiente para oferecer um nível adequado de proteção”, e que para isso também devem ser adotadas outras medidas.
O documento ressalta que independentemente de serem usadas máscaras, é essencial observar ao máximo outras medidas como a higiene das mãos, para impedir a transmissão do novo coronavírus.
Em áreas onde houve relatos de casos da doença, a agência aconselha o uso de máscaras em meio a grupos, durante o atendimento domiciliar e em serviços de saúde. Estes equipamentos devem ser utilizados por membros da comunidade, profissionais ligados à prevenção ou controle da infecção, assim como gestores, funcionários e agentes de saúde.
A OMS reforça ainda que é fundamental dar prioridade aos profissionais de saúde quando se trata de usar máscaras e respiradores.
O uso de máscaras em pessoas sintomáticas
A agência destaca que ainda não foi suficientemente avaliado o uso de máscaras feitas de outros materiais como tecido de algodão, também conhecidas como máscaras faciais não médicas, na comunidade.
A recomendação para as pessoas sintomáticas é que usem uma máscara facial, se isolem e procurem orientação médica desde que comecem sinais como febre, fadiga, tosse, dor de garganta e dificuldade em respirar.
De acordo com a OMS, os sintomas iniciais de algumas pessoas infectadas com a COVID-19 podem ser muito leves. Por isso é necessário seguir as instruções sobre como vestir, tirar e descartar máscaras.
Entre as medidas adicionais para pessoas sintomáticas estão lavar as mãos e manter uma distância física de outras pessoas.
Distanciamento
Para todas as pessoas da comunidade, a recomendação é evitar aglomerações, espaços fechados e lotados. Além disso, manter uma distância física de pelo menos um metro de outras pessoas, em particular dos que apresentam sintomas respiratórios.
Fazer a higiene das mãos com frequência é recomendado juntamente com a utilização de desinfetante à base de álcool, se as mãos não estiverem visivelmente sujas, ou com água e sabão.
Também se recomenda a cobertura do nariz e da boca com um cotovelo dobrado ou lenço de papel ao tossir ou espirrar. E, o descarte imediato após o uso e a higiene das mãos.
Autoridades
Para as autoridades, a OMS recomenda que ao liberar o uso de máscaras em público seja considerada a finalidade, o risco de exposição ao vírus da COVID-19, o cenário em que a população vive, a viabilidade, os custos, a tolerância e o tipo de máscara.
Em qualquer abordagem a ser adotada, é importante desenvolver uma forte estratégia de comunicação para explicar à população as circunstâncias, os critérios e as razões para se tomar as decisões.
A agência reforça que ainda não há evidências para fazer uma recomendação a favor ou contra o uso de máscaras pelo público. A OMS disse que colabora com parceiros de pesquisa e desenvolvimento para entender melhor a eficácia e eficiência das máscaras faciais não médicas.
Para os países que recomendam o uso de máscaras em pessoas saudáveis, a agência incentiva que se realizem investigações sobre esse tópico; e, do memo modo, que atualizem suas orientações em caso de novas evidências.
De acordo com os dados disponíveis, a OMS destaca os dois principais veículos de transmissão do vírus da COVID-19; a saber, gotículas respiratórias e contato com uma pessoa infectada pelo vírus.
Foto Destaque: ONU/Evan Schneider
Nos Estados Unidos, as pessoas foram aconselhadas a usar máscaras faciais para impedir a propagação da COVID-19.