Maricá utiliza tomógrafo para avaliar saúde das árvores e evitar quedas
Equipamento mapeia interior, tronco e raízes, detectando possíveis problemas que possam gerar acidentes
Para preservar as árvores e reduzir o risco de quedas na cidade, a Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá começou a utilizar um tomógrafo que mapeia todo o interior, tronco e raízes das espécies para avaliar a saúde e detectar problemas que possam gerar acidentes. O equipamento já analisou 30 árvores, seguindo as demandas identificadas dentro da programação de poda do município.
A análise por tomografia em árvores é uma ferramenta inovadora de monitoramento e prevenção de queda das árvores na cidade, principalmente em épocas de chuvas e fortes ventos, que causam transtornos e, por vezes, prejuízos à população. A secretária de Cidade Sustentável, Andressa Bittencourt, reforçou a importância da utilização do equipamento.
“Sabemos que as mudanças climáticas acarretam consequências, como tempestades e ventos intensos, ocasionando quedas de árvores que podem causar acidentes e transtornos à população. Esses equipamentos auxiliam numa maior efetividade no monitoramento da cobertura arbórea em nossa cidade, minimizando possíveis impactos”, afirmou.
Método utiliza sonda e sensores
As tomografias mostram o tamanho e a posição de possíveis lesões nas árvores, verificam também as raízes e permitem, com precisão, a localização das áreas mais fracas, identificadas com um método menos invasivo. Uma parte da sonda é inserida na árvore e os resultados são imediatos coletados pelos sensores afixados no tronco, que mostram as regiões com lesões e menores espessuras que podem ocasionar quedas de galhos, por exemplo.
Os dados coletados são inseridos em um software para o cálculo e a confecção de gráficos a partir do processamento das informações. O diagnóstico é fornecido com a geração de imagens em 2D e análise mecânica, onde é possível observar deteriorações, índice de queda e outros defeitos internos. A coloração verde mostra que a árvore está em estado fitossanitário conservado e quando há maior área de coloração laranja e vermelha indica deterioração do caule e risco de queda.
Com todas essas informações, agora é possível emitir um laudo sobre a árvore com as recomendações técnicas, se ela deve ser removida, substituída, podada, adubada ou tratada, segundo a Secretaria de Cidade Sustentável.
Foto: Bernardo Gomes