Maricá sediou encontro estadual de diretores deharmonia neste domingo (29/01)

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A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura, realizou neste domingo (29/01) o “1º Encontro Estadual e Cultural dos Diretores de Harmonia”, em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e a Associação Recreativa dos Diretores de Harmonia das Escolas de Samba do Estado do Rio de Janeiro (ASSORDHESERJ). O evento aconteceu no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na Mumbuca.

 

Durante o seminário, foram abordados os seguintes temas: mulher no carnaval; a importância da harmonia para o samba, desfile e suas funções na construção do maior espetáculo da terra; regulamento com as obrigatoriedades do desfile e sua pontuação; tradições e organização do carnaval de Maricá e Região Oceânica; a invisibilidade do carnaval e os bastidores da construção do maior evento artístico e cultural do Brasil.

 

Teve ainda exposição no hall do espaço e um mini desfile com os integrantes das escolas de samba de Maricá e cidades vizinhas, como Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Entre elas: Estação Primeira de Mangueira, Acadêmicos do Cubango e GRES Unidos do Porto da Pedra.

 

O presidente da ASSORDHESERJ, Alexandre Dutra, disse que se inscreveu no projeto com o intuito de conhecer mais sobre os circuitos de Maricá, já que foi morador de Itaipuaçu.

 

 

“Eu morava em Itaipuaçu e sabia um pouco da cultura daqui, então resolvi conhecer os circuitos culturais de Maricá e descobri que aqui teve um carnaval muito grande e forte que estava adormecido. Decidi unir o útil ao agradável e fui buscar essa carta de anuência para Maricá. Há uma perspectiva de que o carnaval daqui volte a ser grande. Ele vai empregar e gerar uma série de coisas positivas para a região”, afirmou. “O que eu vejo é que, por causa da representação desse evento de hoje, além da volta do carnaval de Maricá, vai haver uma conexão com outras cidades, como a própria capital”, completou.

 

O presidente da Liga das Agremiações Carnavalescas de Maricá (Lacam), Gilson Lira, disse que o encontro vai agregar em tudo que envolve o movimento cultural dentro do município.

 

 

“Essa é uma parceria que está começando e que vai dar muito fruto, como já temos com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), que vai criar a Universidade do Samba, para que a gente possa futuramente gerar empregos, formar pessoas daqui para dar aulas. Então, esse encontro é maravilhoso, gratificante e muito importante, tanto para a cultura quanto para o carnaval de Maricá”, declarou.

 

Retomada cultural

 

Secretário de Cultura de Maricá, Sady Bianchin falou sobre a continuidade de projetos da retomada cultural.

 

“Essa proposta tem como grande finalidade melhorar, ampliar e qualificar o carnaval, principalmente na área específica da harmonia, que pega quatro grandes aspectos: a questão da concentração, armação da escola, o desfile e a dispersão. Então, com esse espírito carnavalesco de qualificar cada vez mais o processo do carnaval em nossa cidade, a gente está fazendo várias parcerias junto com a Secretaria de Cultura”, informou.

 

Rei Momo de Maricá, Cristiano do Nascimento também esteve presente no encontro e expressou sua opinião.

 

 

“Quero muito estar presente abrindo esse carnaval, que vai ser um marco histórico, depois de tantos anos sem o desfile da nossa cidade. Eu sou Rei Momo já por quatro vezes, mas nunca tive esse privilégio de estar abrindo o nosso carnaval realmente, pois foi sempre só para blocos. Em 2020, foi apenas uma palhinha do que poderia ser, mas não tinha carro alegórico. Por isso, no próximo sábado, eu tentarei a reeleição, pois quero muito estar à frente do resgate do desfile do nosso carnaval de Maricá. E tenho certeza que será com muita emoção e muitas lágrimas”, afirma.

 

Retorno dos desfiles

 

Para o presidente da GRES Inocentes de Maricá, Alexandre Oliveira, as escolas de samba estão buscando todo o reforço essencial para a volta pomposa do desfile de Maricá.

 

“Estamos buscando o conhecimento do carnaval para essa reorganização, porque nós estamos há 15 anos sem um desfile competitivo. Fizemos uma demonstração em 2020, em condições difíceis porque choveu muito, mas a cidade mostrou que é carnavalesca com as arquibancadas lotadas e as escolas de samba fizeram um grande espetáculo. Mas agora, a Liga ter conseguido trazer esse workshop de carnaval, para nós, é muito importante, já que é uma ativação para trazer informação e adequar as escolas de samba da cidade”, avaliou.

 

Idineide Silva, presidente da GRES Unidos do Saco das Flores, ficou entusiasmada com o seminário e com o retorno do carnaval.

 

 

“Precisávamos muito disso, pois é assim que as coisas surgem e nos fortalecem. Confesso que estava com baixa autoestima, mas aqui, já me ergui com tudo que ouvi, e já estou muito confiante”, disse.

 

Foto: Marcos Fabrício

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