Maricá das Artes abre “Espaço Raul de Barros” no Centro

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Ocasião contou com apresentações dos cantores Valentim e Pedro Pontes, além de um bate papo sobre o homenageado

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura, abriu nesta quinta-feira (08/08) o Espaço Raul de Barros – artista que criou o chamado “estilo do trombonista de gafieira” -, do programa Maricá das Artes do polo do Centro. A ocasião contou com apresentações dos cantores Valentim e Pedro Pontes, além de um bate papo sobre o homenageado. A proposta é realizar, para além de um encontro quinzenal, uma conexão entre os artistas da cidade e a cultura por meio das artes visuais, literatura, música, dança e debates.

“O objetivo é que o lugar funcione para os entusiastas da cultura maricaense e todos que queiram estar aqui. Esse espaço é uma homenagem ao grande Raul de Barros e aqui temos alguns itens do acervo dele”, disse o secretário de Cultura, Leandro Dasilva, acrescentando que Raul de Barros, ao longo da sua trajetória, tocou na companhia de grandes nomes da música brasileira e morou em Maricá.

Os encontros, a partir de setembro, acontecerão quinzenalmente nos dias 5 e 19 de setembro e 3 e 17 de outubro. A ideia é que toda a proposta e dinâmica seja construída pelos próprios artistas, buscando também a troca de saberes e a elaboração de um espaço de encontro para os artistas da cidade.

Carreira do Raul de Barros

Raul de Barros iniciou seus estudos musicais nos anos de 1930, tendo aulas com Ivo Coutinho. Em 1935, ele iniciou a carreira de músico tocando em clubes de bairros e subúrbios do Rio de Janeiro. Ele chegou à Radio Tupi após conhecer o maestro Carioca.

No início da década de 1940, o maestro passou a acompanhar cantores em gravações e excursionou por Montevidéu, Uruguai, passando em seguida para a Rádio Globo, onde formou sua própria orquestra, tocando no programa “Trem da Alegria”.

Foi num concurso promovido pelo crítico Ary Vasconcelos na revista “O Cruzeiro” que Raul de Barros foi eleito o melhor trombonista de 1955. Onze anos depois, ele fez parte da delegação brasileira ao Festival de Arte Negra de Dacar, Senegal, ao lado de Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Elton Medeiros, entre outros.

Em 2004, o maestro voltou a se apresentar em shows ao lado do arranjador Rildo Hora na casa de espetáculos “Carioca da Gema”, na Lapa, no Centro do Rio.

Foto: Clarildo Menezes

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