Maricá comemora o Dia Nacional da Economia Solidária
Evento no Cine Henfil teve documentário sobre os 10 anos da moeda social Mumbuca. Sábado e domingo acontece a Feira Fashion na Barra
A Prefeitura de Maricá organiza um fim de semana com ações pelo Dia Nacional da Economia Solidária. Nesta sexta-feira (15/12), quando é celebrada a data, foi apresentado um documentário sobre os 10 anos da moeda social Mumbuca e realizada uma sessão de autógrafos do livro “Renda Básica e Economia Solidária: o exemplo de Maricá” no Cine Henfil, no Centro. No sábado e domingo (16 e 17/12) acontece a Feira Top Fashion com moda, gastronomia, artes, artesanato e música ao vivo no estacionamento da Rua 4, na Barra de Maricá.
Em dez anos, a moeda social Mumbuca já injetou na economia da cidade mais de R$ 1 bilhão, totalizando uma média atual de 15 mil transações por minuto. A moeda surgiu a partir do conceito de economia circular, com valorização do comércio e dos serviços locais, e de uma política pública de geração e distribuição de renda para a população. Atualmente, são 80 mil contas abertas no Banco Mumbuca, entre beneficiários dos programas sociais (Renda Básica da Cidadania e Programa de Proteção ao Trabalhador), comerciantes e servidores que recebem auxílio refeição.
“Maricá se tornou exemplo para várias cidades com a Renda Básica da Cidadania, que é paga com a moeda social Mumbuca para mais de 91 mil beneficiários. Hoje, no Dia Nacional da Economia Solidária, estamos comemorando essa política pública que é referência internacional”, afirmou a secretária de Economia Solidária, Andrea Cunha.
Os autores Fábio Waltenberg e Paul Katz contaram que o livro nasceu a partir de uma pesquisa entre a Jain Family Institute (JFI), de Nova York, e a Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre a Renda Básica da Cidadania (RBC) de Maricá, que se tornou referência em políticas de transferência de renda com a moeda social Mumbuca.
“A ideia é fazer artigos acadêmicos sobre o tema. É um livro de bolso, com linguagem acessível sobre o exemplo de Maricá com a moeda social e o RBC”, explicou Waltenberg. “O mundo está interessado na experiencia de Maricá porque é uma política permanente, que permite entender os impactos nas dinâmicas gerais da cidade e pelo fato de ser paga com uma moeda local, permitindo um acompanhamento mais de perto desses programas. É muito interessante criar uma economia circular e assegurar que esses recursos fiquem no município”, ressaltou o americano Paul.
Além da exibição do documentário e da sessão de autógrafos com os autores do livro, a programação no Cine Henfil teve apresentações do cantor Ronaldo Valentim e da Banda Cult.
Foto: Marcos Fabrício