Maricá apresenta aula pública sobre sustentabilidade no Centro

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Atividade da Incubadora Mumbuca Futuro foi aberta à população e reuniu alunos de escolas municipais e empreendedores de economia solidária

A Prefeitura de Maricá, por meio do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), promoveu na terça-feira (12/11) a terceira aula pública da Incubadora de Inovação Social Mumbuca Futuro. Aberta à população, a iniciativa abordou temas de sustentabilidade, economia solidária e descarte ideal de resíduos no CEPT Zilca Lopes da Fontoura, no Centro, e reuniu empreendedores de economia solidária e alunos do Ensino de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI).

 

Cláudio Gimenez, presidente do ICTIM, ressaltou que a economia solidária dá voz a grupos mais amplos da sociedade.

“A nossa expectativa é que possamos pensar e elaborar uma nova proposta de um novo modelo da cidade, mais equilibrada e justa”, afirmou Gimenez.

 

Os orientadores educacionais e desenvolvedores do grupo de trabalho na Incubadora, Adônis Alonso, Juliana Duarte, Thiago Miranda e Leonardo Farah, esclareceram dúvidas do público e apresentaram ideias de sustentabilidade, como a troca de óleo usado por detergente.

 

“A troca é feita na hora. A cada dois litros de óleo na garrafa pet, a pessoa recebe o detergente. Basta levar na sede da Incubadora Mumbuca Futuro”, disse Leonardo Farah. “A gente repassa o óleo à Secretaria de Cidade Sustentável para produção de sabão e garante um descarte adequado”, acrescenta Farah. A sede da Incubadora fica na Rua Azamor José da Silva, 56, no Centro.

 

Heyde Pittery, desenvolvedora do Projeto Lixo Zero, falou sobre o descarte adequado dos resíduos, separando o orgânico (restos de alimentos) do reciclado (garrafas pet, latas de alumínio, caixas de leite, entre outros), que é utilizado por artesãos como geração de renda.

 

Letícia Pereira, coordenadora pedagógica, explicou que a iniciativa é dividida entre o trabalho desenvolvido nas escolas, com alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio, e no território com aulas públicas abertas à população.

 

“Nas escolas trabalhamos a economia solidária e seus eixos, como: autogestão, democracia agroecologia e consumo responsável, usando como metodologia a educação popular. No território, esse ano, alcançamos 5.300 munícipes, levamos a economia solidária à população de forma geral por meio de ações formativas, incentivando o desenvolvimento de empreendimentos econômicos solidários na cidade. Também realizamos um trabalho direcionado aos empreendedores dos segmentos de alimentos, produção agrícola, prestação de serviços e artesanato”, afirma Letícia.

 

A gerente-geral da Incubadora de Inovação Social Mumbuca Futuro, Rayanne de Medeiros, afirmou que a ideia é permitir que os alunos, já a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, possam criar uma mentalidade solidária.

“A ideia é criar uma consciência de classe, com reforço da valorização do ser humano em detrimento do capital”, destaca Rayanne.

 

Mumbuca Futuro

 

O Mumbuca Futuro, que inspirou o “Pé de Meia”, do Governo Federal, oferece aulas no contraturno escolar para 2.123 alunos de 14 escolas municipais e uma escola estadual. Como incentivo, os estudantes recebem 50 mumbucas mensais e um aporte de 1.200 mumbucas ao final de cada ano, que só pode ser acessado após concluir o Ensino Médio. O programa é fruto de uma parceria das secretarias de Educação e Economia Solidária com o ICTIM.

 

As aulas acontecem no contraturno e são adequadas à grade da escola participante com matérias que integram o programa: educação popular, organização popular, economia solidária, consumo consciente, comércio justo, agroecologia e soberania alimentar.

 

Foto: Clarildo Menezes

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