Fomenta Maricá já tem 1.000 contratos e continua crescendo
Fomenta Maricá já tem 1.000 contratos
Quando Arthur de Lima, de 29 anos, dono das sorveterias Tigela’s Açaí, viu seu faturamento cair 90% por conta da pandemia, buscou e achou na Prefeitura a saída para não fechar. O apoio veio pelo Fomenta Maricá, iniciativa de crédito facilitado e Arthur integra o grupo de empresários e microempreendedores individuais (MEIs) cujos negócios (e empregos) acabaram protegidos. Um dos pilares da bem sucedida política de combate aos efeitos econômicos da pandemia, o Fomenta chega à expressiva marca de mil contratos assinados e continua crescendo.
“Consegui um crédito de R$ 35 mil e paguei as contas atrasadas, aluguéis e mantive os funcionários, sem nenhum corte no momento crucial da pandemia”, conta Arthur. “Sem o Fomenta estaríamos com um acúmulo de dívidas”, acrescenta ele, que tem quatro lojas: Centro, Mumbuca, Itaipuaçu e Araçatiba.
Implementado em maio de 2020 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Fomenta Maricá disponibiliza três linhas a partir de recursos do Fundo Soberano de Maricá (FSM). Um microcrédito a juro zero, de R$ 300 até R$ 21 mil, a segunda de R$ 21.001 até R$ 40 mil, com juros de 3% ao ano, e uma linha para o MEI de R$ 5 mil, todas com tarifas subsidiadas. O prazo de carência é de um ano e os primeiros contratos já começaram a devolver os recursos remunerando o FSM.
Com a reabertura das inscrições em abril deste ano, mais de 360 MEIs se inscreveram e já estão com seus documentos em análise. Ao todo, desde seu lançamento em maio de 2020, o Fomenta Maricá já emprestou R$ 15 milhões aos empresários locais, garantindo proteção, ampliação e até inovação.
”A política de crédito ao pequeno empresário de Maricá veio para ficar. Isso permitiu a muitos manterem as portas abertas e continuarem gerando emprego e renda”, afirma o secretário Igor Sardinha.
Esse é o caso também dos proprietários da clínica de estética Emagresse, no Centro. Os irmãos Fábio Alvarenga Baquero, de 33 anos, e Kelly Baquero, de 45 anos, funcionavam há um ano quando a pandemia derrubou o faturamento. Os dois encontraram no Fomenta apoio com um crédito de R$ 40 mil, o teto do programa, quitaram os aparelhos recém-comprados, pagaram fornecedores e mantiveram os nove funcionários.
“O Fomenta foi um respiro para todos. Quando você fecha uma empresa, você não afeta só o empresário, afeta todas as famílias que estão envolvidas naquele processo”, diz Kelly Baquero. Como o faturamento com a iniciativa deu um salto, os sócios já estudam ampliar o quadro. “Fechamos junho 113% acima da meta do mês”, analisa Fábio. “Foi ótimo porque deu tempo de reestruturarmos e as coisas começarem a fluir. Essa carência foi providencial”, completa.
Proprietária das pousadas Pancho, Maricá e do restaurante Anexo Bistrô, Cristiane de Castro São Bernardo, de 45 anos, procurou o Fomenta inicialmente para se proteger, já que as pousadas tinham baixa ocupação por conta do isolamento social. Mas viu segurança para investir.
“Só não fechamos porque tivemos ajuda do Fomenta”, disse. Os R$ 30 mil obtidos quitaram dívidas, pagaram a folha salarial e a compra de equipamentos de cozinha industrial que permitiram a ampliação da produção e dos negócios, com a abertura recente, em Itaipuaçu, de mais um restaurante.
“O Fomenta é a transição de uma época para outra. O Anexo Bistrô e as pousadas eram empresas diferentes antes. Se fortaleceram e subiram mais um degrau durante a pandemia”, reforçou Cristiane.
O Fomenta também sustenta a inovação. Matheus Rodrigues, de 27 anos, dono da cervejaria Maltz, em São José do Imbassaí, usou o crédito para montar o bar com geladeira especial e investiu no sistema de auto serviço My Tap (onde o cliente usa um cartão para se servir direto na chopeira).
“Comprei a câmara fria e trouxe essa tecnologia do autosserviço de cervejarias que visitei nos EUA e na Europa. O dinheiro do Fomenta Maricá me ajudou muito. É quase inacreditável ver que crescemos tanto em um momento tão difícil, ainda mais sendo uma cervejaria”, analisa. Segundo ele, a Maltz tem crescimento quatro vezes maior em termos de estrutura física, caixa e volume de venda com relação a março do ano passado, quando teve início a pandemia.
As inscrições para o Fomenta podem ser feitas através da aba da Secretaria de Desenvolvimento, no site oficial da Prefeitura. Uma vez na área, o interessado faz um cadastro e envia as informações solicitadas, além do valor desejado. A proposta vai para a análise, que em média demora em torno de 15 dias.