América Latina e Caribe Foto: ONU/Engin_Akyurt/pixabay

14 milhões de empregos destruídos na América Latina e Caribe Covid-19

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COVID-19 destrói o equivalente a 14 milhões de empregos na América Latina e Caribe

O efeito catastrófico da COVID-19 sobre as horas de trabalho e a renda no mundo se repete na América Latina e no Caribe, onde a pandemia provoca a perda de 5,7% das horas de trabalho no segundo trimestre deste ano, o equivalente a 14 milhões de empregos, trabalhadores em tempo integral.

Ainda de acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na América Latina e no Caribe, a taxa de informalidade é de 53%. De fato, o que afeta mais de 140 milhões de homens e mulheres no trabalho.

Divulgada na terça-feira (7) em Genebra, com uma série de dados compilados, a segunda edição do Monitor OIT: COVID-19 e o mundo do trabalho apresenta informações regionais e setoriais que possibilitam começar a medir a extensão do grande desafio representado pela pandemia para o mundo do trabalho.

 

De acordo com  o diretor regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Vinícius Pinheiro.

 

“Estamos enfrentando uma destruição maciça de empregos. De fato, isso representa um desafio de magnitude sem precedentes para os mercados de trabalho da América Latina e do Caribe.”

 

“A partir de agora sabemos que, ao mesmo tempo em que enfrentamos a emergência de saúde, teremos que enfrentar uma verdadeira reconstrução de nossos mercados de trabalho.”

 

Enfim, assista a reportagem da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre como o novo coronavírus pode causar perda de 25 milhões de postos de trabalho.

 

https://www.facebook.com/m1newstv/videos/644188303070809/?t=37

 

Divulgação M1NewsTv: direitos reservados/ONU

 

195 milhões de trabalhadores atingidos no mundo

 

Em todo o mundo, a perda de horas de trabalho chegou a 6,7%, o equivalente a 195 milhões de trabalhadores em período integral no segundo trimestre de 2020. Desse modo, o documento da OIT classifica a pandemia como a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, e que, ao final, poderia deixar um rastro de desemprego e precariedade no trabalho.

O relatório também estima enormes perdas nos diferentes grupos de renda, destacando que entre os setores mais expostos ao risco estão serviços de hospedagem e alimentação, manufatura, varejo e atividades comerciais e administrativas.

 

Setores mais expostos à crise na América Latina e no Caribe

 

Na América Latina e no Caribe, mais de 50% de todos os trabalhadores estão empregados, precisamente, nos setores mais expostos à crise, como comércio e serviços, de acordo com dados do último relatório doPanorama Laboral para a região, apresentado em janeiro, pouco antes do começo do contágio global do COVID-19.

 

ONUFoto Ministério da SaúdeErasmo Salomao
Foto:ONU/Ministério da Saúde/Erasmo Salomão

 

Pinheiro ressaltou que existe uma preocupação particular com o emprego de mulheres. Com efeito, estas poderiam ser as mais afetadas por estarem super-representadas nos setores de saúde, turismo e serviços. Ele também explicou que os impactos da crise sobre o setor de turismo serão maiores na região do Caribe; visto que a região é altamente dependente dos empregos e da renda gerados por essa atividade.

 

O novo relatório da OIT alerta que, nesses setores, muitas pessoas trabalham em empregos mal remunerados e de baixa qualificação. Sendo assim, para essas pessoas uma perda imprevista de renda acarreta consequências devastadoras.

 

Na informalidade são 140 milhões de homens e mulheres no trabalho

 

O estudo destaca ainda que os países com altos níveis de informalidade enfrentam desafios adicionais. Esses desafios estão tanto na área de saúde quanto na economia, incluindo a falta de cobertura da seguridade social. Segundo estimativas da OIT, na América Latina e no Caribe, a taxa de informalidade é de 53%. Índice que afeta mais de 140 milhões de homens e mulheres no trabalho.

 

O diretor da OIT para a América Latina e o Caribe enfatizou as necessidades para a crise.

 

“Os países da região precisarão de medidas ambiciosas para preservar empregos, promover negócios e proteger a renda para sair da terapia intensiva”.

 

Ele também ressaltou a necessidade de usar o diálogo social para enfrentar esta crise.

 

 “Para alcançar melhores resultados e dar sustentabilidade política às medidas, é necessário criar estratégias que tenham respaldo e sejam produto de consenso. E, é crucial encontrar formas de estabelecer um diálogo social do qual participem representantes do governo, organizações de empregadores e de trabalhadores”.

 

Foto Destaque: ONU/Engin_Akyurt/pixabay

Fonte: ONU

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