edifício "A Noite"

Edifício “A Noite”, símbolo arquitetônico do RJ, não alcança lance mínimo em leilão

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Edifício “A Noite” não alcança lance mínimo em leilão

O leilão eletrônico do edíficio “A Noite” previsto para a última sexta-feira (30) não recebeu o lance mínimo de R$98 milhões estabelecido pelo governo federal. Uma nova rodada deverá acontecer no dia 7 de junho, e o preço terá uma redução de 25%.

 

 

O primeiro anúncio sobre a venda do imóvel ocorreu em julho de 2020. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), via rede social, informou que o leilão do edifício ocorreria entre agosto e setembro do ano passado.

 

Patrimônio

 

O prédio é um marco arquitetônico e símbolo cultural para a cidade do Rio de Janeiro. O imóvel, considerado moderno para a época, com 22 andares e estilo art déco, foi inaugurado em 1929 e ficou conhecido como a sede do jornal A Noite. O projeto do prédio foi desenvolvido pelo arquiteto Joseph Gire em parceria com Elisiário da Cunha Bahiana. A assinatura de Gire pode ser vista em outras edificações na paisagem carioca, como o Palácio das Laranjeiras, o Hotel Glória e o Copacabana Palace Hotel.

 

 

Em 18 de maio de 1933, o grupo A Noite decidiu expandir os negócios instituindo a Sociedade Civil Brasileira Rádio Nacional. A emissora foi inaugurada no último andar do prédio em 1936. Em 1940, o governo de Getúlio Vargas, via decreto, encampou o grupo A Noite, a Rádio Nacional e o arranha-céu por conta de dívidas da empresa. Desde então, a emissora se tornou um fenômeno no Brasil com um potencial educativo e cultural que marcou a chamada “Era de Ouro do Rádio”.

 

 

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ocupou o edifício até 2012. Em 2013, o imóvel foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN). No parecer de recomendação do tombamento, o IPHAN ressaltou a importância histórica do “A Noite”.

 

 

“Somos pela finalização da instrução do presente Processo de Tombamento, certos de que o Edifício “A Noite” reúne valores históricos, artísticos e paisagísticos suficientes e inquestionáveis para o devido reconhecimento como Patrimônio Nacional”, diz o relatório.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Jaqueline Deister

Foto: Riotur

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