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Dia Nacional de Combate ao Colesterol: alerta para doenças cardiovasculares

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Dia Nacional de Combate ao Colesterol traz alerta para doenças cardiovasculares

A saber, o  Dia Nacional de Combate ao Colesterol foi comemorado nesse sábado, 8 de agosto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Em 2017 foram registrados 17,79 milhões de mortes por doenças cardiovasculares, correspondendo a 31,8% do total de mortes.

A coordenadora da disciplina de Cardiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof.ª Dr.ª Carla Patrícia da Silva e Prado alerta.
 
“O colesterol é importante para várias funções orgânicas, como produção de hormônios e funcionamento das células. Ele pode ser dividido em várias frações, dependendo de sua composição. A fração conhecida como “colesterol ruim”, LDL-colesterol (Low density lipoprotein), quando em excesso, se deposita nas artérias de todo o corpo; e , assim, formam placas de gordura, chamadas aterosclerose que, ao longo do tempo, podem obstruir a passagem de sangue para os órgãos.
 
A aterosclerose pode limitar o fluxo sanguíneo a qualquer órgão. Os órgãos comumente afetados e que podem levar a morte ou limitações sérias a qualidade de vida são o coração, cérebro e vasos sanguíneos periféricos.
 

“Quando a obstrução se dá no coração, pode provocar o infarto do miocárdio, e quando acontece no cérebro, pode provocar o acidente vascular cerebral, conhecido como derrame”, diz Dr.ª Carla.

 
No Brasil, o índice elevado de colesterol – superior a 200 mg/dL – é mais prevalente em mulheres (35,1%), nos indivíduos com mais de 45 anos e com menor escolaridade, dados da pesquisa realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde em 2019. O estudo ainda destacou que das pessoas analisadas, apenas 12,5% afirmaram saber que seu colesterol era elevado e somente 14% já havia realizado dosagem do seu perfil lipídico.

Causas do aumento do colesterol

 

“O motivo para a alta prevalência dos níveis elevados do colesterol é variado. Acredita-se que, desde a era industrial, com a urbanização da população, houve modificação relevante dos hábitos alimentares; e, desse uma diminuição da ingestão de alimentos in natura aliado ao consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados. Soma-se ao fator alimentar, o desenvolvimento tecnológico acelerado nas últimas décadas, contribuindo ao sedentarismo e ao ganho do peso. A obesidade atualmente é considerada epidêmica e está relacionada diretamente a dislipidemia”, salienta a Dr.ª Carla.

 
De acordo com a especialista da Faculdade São Leopoldo Mandic, o nível elevado de colesterol pode ter diversas origens; a saber, alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, consumo elevado de bebidas alcoólicas, outras doenças associadas, genética etc. Ainda, de acordo com a a médica, a recomendação é manter hábitos de vida saudável, uma alimentação livre de produtos ultraprocessados. E, além disso, baixo consumo de alimentos processados e pobre em gordura saturada. Além disso, deve ser limitado o consumo de bebidas alcoólicas, abandonar o cigarro, praticar atividade física regular e manter o peso ideal.  
 
“Em alguns casos, após avaliação médica, dependendo do perfil de risco individual, pode ser indicado uso de medicamentos redutores do colesterol”, finaliza.
 
Dr.ª Carla Patrícia da Silva e Prado é coordenadora da disciplina de Cardiologia da Faculdade São Leopoldo Mandic.
 

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