COVID-19: Líderes mundiais pedem que medicamentos e futuras vacinas sejam livres de patentes
O pedido dos líderes mundiais
Primeiramente, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) iniciou uma petição de líderes globais solicitando que, quando uma vacina para a COVID-19 for desenvolvida, ela seja disponibilizada gratuitamente para todos. Do mesmo modo, na quinta-feira (14), mais de 140 líderes mundiais assinaram uma carta aberta solicitando que os governos se unam para buscar uma vacina contra a COVID-19, marcando a posição mais ambiciosa já estabelecida pelos líderes mundiais sobre o que se tornou a busca mais urgente da ciência moderna.
Eles estão exigindo que todas as vacinas, tratamentos e testes sejam livres de patentes, produzidos em massa e distribuídos de maneira justa.
Desse modo, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, está pressionando para que a pesquisa científica seja compartilhada entre os países e que a vacina seja livre de patentes.
“Ninguém deve ser empurrado para o final da fila de vacinas por conta de onde vive ou do quanto ganha”, disse ele, na carta conjunta de UNAIDS/Oxfam.
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, destacou a necessidade de trabalhar em conjunto para combater o vírus.
“Devemos reunir todo o conhecimento, experiência e recursos à nossa disposição para o bem de toda a humanidade”, afirmou.
Outros signatários incluem a ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, o ex-presidente do México Ernesto Zedillo e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark, que também liderou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) por muitos anos.
Prioridades da resposta à COVID-19
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Líderes governamentais e nacionais também se uniram a agências da ONU e instituições financeiras internacionais na quinta-feira, pedindo que a água, o saneamento e a higiene sejam priorizados na batalha contra o vírus.
Confirmando que essas três áreas – juntamente com o distanciamento físico – são as primeiras linhas de defesa essenciais contra a propagação do vírus, eles lembraram que a lavagem das mãos requer acesso à água corrente em quantidades suficientes.
“Nossos planos de resposta – nos níveis nacional, regional e global – devem, portanto, priorizar os serviços de água, saneamento e higiene”, disseram em comunicado conjunto.
Sob a premissa de que somos tão saudáveis quanto os membros mais vulneráveis da sociedade, não importa o país, os líderes globais solicitaram esses recursos fossem disponibilizados a todos, “eliminando desigualdades e não deixando ninguém para trás”.
Eles também defenderam o trabalho colaborativo com todos os parceiros para melhorar os serviços de água e saneamento, dizendo que “todos têm algo a oferecer para proteger as populações da COVID-19”.
É essencial garantir que os sistemas de água e saneamento sejam resilientes e sustentáveis para proteger a saúde das pessoas e apoiar os sistemas nacionais de saúde, de acordo com os signatários.
Apoio financeiro
Eles também enfatizaram a necessidade de fornecer apoio financeiro aos países para que eles possam responder adequadamente à crise.
“Os financiamentos precisam ser mantidos sem desvio dos compromissos e prioridades estabelecidos para o setor de água, saneamento e higiene”, afirmaram.
Eles também pediram a entrega de informações precisas e transparentes, com base em pareceres científicos que permitam a todos agir em conformidade.
“A resiliência a crises futuras depende das ações adotadas agora, bem como das políticas, instituições e capacidade adotadas em tempos normais”, concluíram. “Como líderes, esta é a nossa chance de salvar vidas.”
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