Câmeras da Prefeitura de Maricá ajudam a solucionar crimes

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Sistema tem 721 câmeras, um “big brother” à disposição da segurança da cidade e do estado

Funcionando 24 horas por dia, as 721 câmeras do sistema de monitoramento de Maricá têm ajudado a solucionar crimes – inclusive em outros estados. Composto por 576 câmeras tipo CFTV e outras 145 tipo OCR, o cerco montado pelos equipamentos e operado pelo Centro Integrado de Operações na Segurança Pública (Ciosp), da Secretaria de Ordem Pública e Gestão do Gabinete Integrado (Seop), já emitiu mais de 100 alertas para supostos clones ou veículos que foram clonados e que transitaram nas ruas do município.

Apenas em 2024, onze instituições de todo o estado já solicitaram imagens para solucionar casos. Ao todo, foram 175 pedidos protocolados, oriundos de diversas delegacias da região (Maricá, Niterói, São Gonçalo, Campinho, inclusive especializadas, como a Antissequestro), órgãos de segurança, além de outros departamentos.

“Essa integração com os demais órgãos públicos é uma determinação do prefeito Fabiano Horta e o Ciosp tem cumprido essa missão. Temos uma busca incessante pela qualidade, por isso também estamos investindo em infraestrutura e capacitação que culminam na excelência do serviço prestado”, destacou Julio Veras.

As imagens ajudam a elucidar crimes, como na prisão de um homem flagrado na Barra de Maricá capturando ilegalmente dezenas de pássaros – a ação aconteceu em maio, enquanto a prisão foi realizada por equipes da 82ª DP (Maricá) cerca de um mês depois.

Para o caso, foi fundamental a atuação das câmeras do tipo OCR. Os equipamentos são de última geração e permitem captar até textos de documentos, além de fazer a leitura de placas de veículos, identificando irregularidades, como clonagem, por exemplo. Nos seis primeiros meses, foram 104 alertas emitidos pelo sistema, que é utilizado por outras centrais de monitoramento ao redor do país.

Ao fazer a leitura das placas dos veículos, a inteligência artificial consegue detectar a passagem de carros com a mesma placa em dois pontos distintos ao mesmo tempo. A partir do alerta, as forças policiais (de Maricá e do outro local onde a leitura foi realizada) são avisadas e realizam cercos para abordar o veículo e apurar qual é o original e o irregular.

O Ciosp é integrado com os demais órgãos de segurança, como a Guarda Municipal e policiais da 6ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar (responsável pelo policiamento da cidade), que se comunicam com os agentes de rua, conforme a demanda.

Ampliação
A Secretaria de Ordem Pública tem realizado investimentos para ampliar o circuito de monitoramento, abrangendo outros pontos de Maricá. Atualmente, as 145 câmeras OCR estão posicionadas em 64 pontos considerados estratégicos, como as entradas e saídas do município. Um estudo técnico está sendo realizado para a instalação de 17 novas câmeras, que devem entrar em operação em até três meses.

“O uso das OCRs complementa o trabalho das CFTVs. Temos equipamentos como esses instalados em todas as entradas de Maricá. Esse sistema também ajuda a calcular a média de veículos que entram e saem da cidade todos os dias. Podemos subsidiar, por exemplo, decisões para instalação de uma passarela, por exemplo, o melhor horário para uma intervenção na via, além da própria segurança pública”, explicou o guarda municipal Jean Medeiros, coordenador-geral do Ciosp.

Outras câmeras que já estão em funcionamento, porém em fases de testes, são as que possuem capacidade de fazer reconhecimento facial. 44 equipamentos foram instalados em pontos distintos da cidade, contribuindo também para a elucidação de crimes que foram cometidos em sua área de abrangência.

Estrutura do Ciosp
O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) tem, atualmente, 721 câmeras espalhadas pelos quatro distritos de Maricá. Dessas, 576 são de CFTV, responsáveis pelo monitoramento, e outras 145 do tipo OCR estrategicamente posicionadas em 64 pontos do município. Outras 44 câmeras de reconhecimento facial estão em fase de teste.

O local tem contato direto com as equipes de rua da Guarda Municipal, do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e da Polícia Militar. Um policial do 12º BPM também fica no local para acionar os agentes da corporação em caso de necessidade.

 
Foto: Marcos Fabrício

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