Cinema auto descrito

Assistência Social e Comdef levam cinema auto descrito a Itapeba

Compartilhe essa matéria:

Cinema auto descrito em Itapeba

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social, em parceria com o Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência (Comdef), proporcionou uma experiência sensorial diferente nesta quarta-feira (01/12). Cerca de 15 pessoas com deficiência visual vieram de outros municípios e se juntaram a outras sem deficiência para uma sessão de cinema auto descrito, ou seja, não há projeção de imagens e os participantes apenas ouvem o conteúdo com uma narração descrevendo a cena. 

 

 

O evento faz parte das celebrações pelo Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta sexta-feira, dia 3, e também da Semana de Acessibilidade e Inclusão, que vai até o dia 10/12.

 

 

A exibição, realizada na igreja evangélica Atos 2, em Itapeba, foi do filme ‘Depois Daquela Montanha’, produção de 2017 dirigida por Hany Abu-Assad e que tem no elenco Idris Elba e Kate Winslet (estrela de ‘Titanic’). Alguns dos participantes receberam vendas para os olhos antes do início da sessão, para que pudessem ter a mesma sensação de quem tem pouca ou nenhuma visibilidade. 

 

Avaliação dos participantes

 

A coordenadora geral de Reabilitação da Secretaria de Assistência Social, Maria Beatriz Bastos, afirmou que a única forma de criar uma consciência verdadeira para aqueles que não têm dificuldades em enxergar é se pondo no lugar quem vive esse dia a dia.

 

 

“Eu mesma fiquei parte do tempo com os olhos vendados e outra parte sem a venda. Nossa percepção muda porque ficamos mais focados, sem nos distrairmos com o que está ao redor. Dá para sentir um pouco como o deficiente visual se sente. Espero que as pessoas que participaram desta experiência saiam daqui realmente diferentes e mais sensibilizadas”, disse Maria Beatriz Bastos, que também é presidente do Comdef.

 

 

Visitante de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lizanira Rosa Ferreira, de 57 anos, tem deficiência visual e contou que foi a primeira vez que assistiu a um filme audiodescrito. 

 

 

“Não queremos a piedade das pessoas, e sim ocupar o nosso espaço de direito, pois a falta de visão não nos impede de nada. Achei a sessão muito interessante porque mostra que se pode fazer sempre mais e melhor por nós”, avaliou.

 

 

A nutricionista Daiana Clara, de 29 anos, afirmou que saiu diferente depois de assistir a sessão com os olhos vendados. “Serviu muito para imaginar como vivem essas pessoas, uma experiência incrível”, declarou a moradora de Guaratiba.

 

 

Foto: Pedro Solis

Sobre o autor(a)


Compartilhe essa matéria: