Mais de 150 imigrantes de 30 nacionalidades vivem em Maricá

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Secretaria de Direitos Humanos busca regularizar a situação dos estrangeiros

A Prefeitura de Maricá recebeu, na última quarta-feira (05/02), cerca de 50 imigrantes e refugiados para auxiliar na regularização de sua situação no município. Dados da Secretaria de Direitos Humanos indicam que aproximadamente 150 cidadãos estrangeiros, de 30 nacionalidades diferentes, vivem na cidade.

Entre os imigrantes que escolheram Maricá para recomeçar suas vidas estão homens, mulheres e crianças vindos de países como Venezuela, Haiti, Bolívia, Benin, Paraguai, Cuba, Colômbia, Argentina, Chile, República Dominicana, Suécia, Inglaterra e Portugal, entre outros.

Reconhecida internacionalmente por suas políticas sociais, Maricá tem sido um destino cada vez mais procurado por estrangeiros em busca de melhor qualidade de vida. Durante o encontro, o secretário de Direitos Humanos, João Carlos de Lima (Birigu), reafirmou o compromisso da gestão municipal em apoiar os imigrantes e ajudá-los a acessar direitos básicos.

“Não iremos resolver tudo de imediato, mas assumimos o compromisso de conduzir as demandas e encontrar soluções junto aos órgãos responsáveis, organizando o suporte por áreas como saúde, educação, trabalho, habitação e assistência social”, destacou Birigu.

“O primeiro passo é regularizar a documentação para que possam acessar as políticas públicas. A gestão do prefeito Quaquá tem um foco claro: cuidar das pessoas, independentemente de sua nacionalidade”, completou.


Principais demandas dos imigrantes em Maricá

Durante o encontro, foram listadas as principais dificuldades enfrentadas pelos estrangeiros na cidade, incluindo:

Auxílio à moradia
Direito ao voto e retirada de documentos (como título de eleitor e certidão de casamento)
Acesso ao mercado de trabalho
Cursos profissionalizantes e de Língua Portuguesa
Participação em feiras de artesanato
Inclusão de imigrantes no programa Passaporte Universitário
Acesso a crédito para empreendedores


Histórias de quem escolheu Maricá para viver

Karli Diaz, 32 anos – Venezuela

A venezuelana Karli Diaz é especialista em tecnologia da informação, mãe de dois filhos e vive em Maricá há dois anos. Antes, morou no Rio de Janeiro por seis anos, mas decidiu mudar para Itaipuaçu após conhecer a região em uma trilha ecológica na Pedra de Itaocaia.

“No meu país, meus direitos humanos estavam sendo desrespeitados e não queria perder minha juventude sem oportunidades. Muitas empresas fecharam, e mesmo quem tinha dinheiro não conseguia comprar comida. Vim para o Brasil em busca de segurança e qualidade de vida”, relatou Karli.

Ela destaca que, em Maricá, encontrou moradia de qualidade, escolas para seus filhos e segurança.

Widlor Auguste, 34 anos – Haiti

O haitiano Widlor Auguste chegou ao Brasil há nove anos, após deixar Porto Príncipe, onde estudou música e francês. Depois de um ano no Rio de Janeiro, mudou-se para São Gonçalo e, mais tarde, estabeleceu-se em Ponta Negra, Maricá, onde vive há oito anos com a esposa e dois filhos.

“Vendi uma igreja que tinha no Haiti por 20 mil dólares e usei parte do dinheiro para empreender no Brasil. Mas, quando morava em São Gonçalo, fui vítima de um golpe e perdi 17 mil dólares. Tive que recomeçar do zero”, contou Widlor.

Hoje, ele busca apoio da Prefeitura para consolidar sua vida e carreira na cidade.


📌 Como regularizar a situação?

A Secretaria de Direitos Humanos de Maricá está à disposição para auxiliar os imigrantes na obtenção de documentos e acesso a políticas públicas. Os interessados podem procurar o órgão para obter informações sobre os serviços disponíveis.

🗂 Documentos necessários para regularização:

  • Registro Nacional Migratório (RNM)
  • CPF
  • Comprovante de residência
  • Comprovante de renda (se houver)
  • Histórico escolar ou diplomas (se aplicável)

📍 Local de atendimento: Secretaria de Direitos Humanos de Maricá
📅 Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

Foto: Elsson Campos

 

 

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