Pré-Encceja Maricá certifica 150 alunos para exame nacional
Estudantes recebem diploma em cerimônia no CEM Joana Benedicta Rangel, sendo preparados para a prova deste domingo (27/08)
A cerimônia aconteceu na quadra do CEM Joana Benedicta Rangel e reuniu cerca de 150 estudantes, que receberam seus diplomas das mãos do secretário de Educação de Maricá, Márcio Jardim, da coordenadora do Pré-Encceja, Carol Souza, e da deputada estadual Rosângela Zeidan.
Todos os diplomados vão participar da prova do Encceja, que acontece neste domingo (27/08) em todo o país. O aluno mais velho da turma era Sérgio Luiz Ferreira da Costa, que tem 75 anos e mora no bairro Bananal. Ele contou que se mudou de Magé, na Baixada Fluminense, há cinco anos em busca de tranquilidade, mas acabou encontrando em Maricá a possibilidade de retornar aos estudos.
“Para mim foi um ponto de apoio para um avanço na vida que eu já buscava. Havia uns 50 anos que eu estava fora de uma sala de aula, e aqui eu encontrei um incentivo para retornar. Agora quero passar nessa prova e fazer faculdade de engenharia civil”, declarou.
“A equipe do Pré-Encceja fez uma visita à aldeia, aí me inscrevi no curso para o ensino médio. O projeto me ajudou muito e vai me ajudar mais”, garante ela, que pretende estudar Enfermagem.
O Pré-Encceja Paulo Freire é oferecido gratuitamente pela Prefeitura e tem o objetivo de preparar os alunos, a partir de 18 anos, para a prova do Encceja. Os alunos estudam no decorrer do projeto os conteúdos cobrados no exame para nível do Ensino Médio. O curso foi iniciado em 2018 nos condomínios do programa ‘Minha Casa Minha Vida’ de Inoã e Itaipuaçu, e já recebeu, ao todo, cinco mil participantes desde o início do projeto, aprovando 897 deles.
“A pessoa que decide voltar aos estudos já pode se considerar vitoriosa, independentemente do resultado da prova que vem aí. Ela já viveu com certeza muitas dificuldades que impediram de estar em sala de aula, e retornou quando surgiu uma boa oportunidade como esta. Além da melhoria da vida, voltar a estudar tem a ver com empoderamento, mas é para todas no geral”, afirmou a coordenadora Carol Souza.