Navio que tentou avisar Titanic sobre iceberg é encontrado no Mar da Irlanda
Cientistas encontram destroços da embarcação que tentou avisar o RMS Titanic sobre iceberg
Uma equipe de cientistas liderada pela Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, encontrou os destroços da embarcação que tentou avisar o RMS Titanic sobre a presença de um iceberg em seu caminho.
A descoberta deste e de mais 272 navios naufragados no Mar da Irlanda foi relatada pela arqueóloga marinha Dra. Innes McCartney, no livro “Echoes from the Deep” (“Ecos das profundezas”, em português), publicado na terça-feira (27).
Em 1912, o SS Mesaba, um navio mercante, cruzava o Atlântico quando se deparou com um enorme iceberg. A tripulação enviou um aviso sobre o obstáculo, que foi recebido pelo Titanic, mas a mensagem não chegou à ponte de comando. Mais tarde naquela noite, o navio de passageiros colidiu com o iceberg e afundou. Cerca de 1500 pessoas morreram.
O SS Mesaba, por sua vez, continuou atuando como navio mercante por mais seis anos, até ser atingido por torpedos enquanto estava em comboio, em 1918.
A descoberta aconteceu graças ao Prince Madog, um sonar multifeixe de última geração usado pelos cientistas. O equipamento permitiu mapear mais de 19 quilômetros quadrados nas profundezas do Mar da Irlanda.
A análise detalhada, então, foi cruzada com dados do Escritório Hidrográfico do Reino Unido, revelando uma série de informações sobre a arqueologia marinha da região.
“Anteriormente, podíamos mergulhar em alguns locais por ano para identificar visualmente os destroços. As capacidades únicas de sonar do Prince Madog nos permitiram desenvolver um meio de custo relativamente baixo para examinar os destroços”, afirmou McCartney, em comunicado à imprensa.
“A identificação de naufrágios como os documentados na publicação para pesquisas históricas e estudos de impacto ambiental é apenas um exemplo [do potencial do sonar]”, disse Michael Roberts, cientista da Universidade de Bongor que participou do estudo.
“Também examinamos esses locais de naufrágio para entender melhor como os objetos no fundo do mar interagem com processos físicos e biológicos, o que, por sua vez, pode ajudar os cientistas a apoiar o desenvolvimento e o crescimento do setor de energia marinha.”
Foto: Universidade de Bangor
Fonte: www.clickpb.com.br