Maricá dá assistência a mais de 1.800 mulheres vítimas de violência doméstica
1.886 mulheres vítimas de violência doméstica recebem acompanhamento
A Prefeitura de Maricá fez nesta terça-feira (08/03) um simpósio sobre violência doméstica e feminicídio para marcar o Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, foi apresentado um balanço dos dez anos de atividades da Casa da Mulher, completados em 2021: foram, ao todo, 9.104 atendimentos em uma década. Atualmente, 1.886 mulheres recebem acompanhamento, sendo 119 abrigadas, por medida de proteção contra a violência, em locais sigilosos.
O evento aconteceu no salão social do Esporte Clube Maricá, no Centro, organizado pela Coordenadoria de Assuntos Religiosos do município e pela Associação de Mulheres Virtuosas de Maricá. A coordenadora de Políticas para Mulheres, Luciana Piredda, acrescentou que, durante a pandemia, o espaço foi procurado por 1.228 mulheres, que relataram algum tipo de violência doméstica.
“Fica muito claro que o isolamento social atingiu bruscamente essas mulheres, que foram obrigadas e conviver mais tempo com seus agressores. O apelo que faço hoje é pela sororidade: a solidariedade entre as mulheres por sentimentos que só elas entendem”, lembrou Luciana, ao alertar ainda que, em Maricá, a maior parte da violência cometida é a psicológica, que também é a mais banalizada.
Mais reinvindicações para dar mais suporte às vítimas
Para Danieli Machado, coordenadora de Assuntos Religiosos de Maricá, eventos como o desta terça-feira ajudam a dar visibilidade aos casos de violência doméstica na cidade e embasa uma das reivindicações atuais: trazer uma Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), da Polícia Civil, para o município.
“O número de denúncias de violência em Maricá é considerado baixo, mas pode estar subnotificado, porque a mulher tem medo de denunciar e não ter o apoio que precisa. Nós estamos aqui para ajudar essas mulheres no que elas precisarem”, afirmou a coordenadora de Assuntos Religiosos
Nova sede da Casa da Mulher
A Casa da Mulher de Maricá receberá uma nova sede, no bairro do Flamengo, com previsão para inauguração no final de abril. Enquanto o espaço não fica pronto, o atendimento às vítimas prossegue, temporariamente, na Rua Pereira Neves 274, no Centro de Maricá, ao lado da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher.
Foto: Anselmo Mourão