Maricá inicia celebração do Mês da Consciência Negra com diversas atividades
Mês da Consciência Negra
A Prefeitura de Maricá iniciou, na sexta-feira (19/11), uma série de atividades para homenagear o Mês da Consciência Negra, que simboliza a luta por igualdade, o reconhecimento de direitos e a resistência dessa população. O primeiro dia do evento contou com as palestras “O Genocídio da Juventude Negra e Periférica” e “Brasil e as Diásporas Africanas” e foi encerrado ao som de Corello DJ.
A coordenadora de Políticas Públicas para Igualdade Racial, Valesca de Souza, ressaltou o simbolismo histórico da data comemorativa e a importância deste tema no momento atual.
“Esses dias serão dias para discutirmos sobre a letalidade, desemprego, políticas públicas, educação e autoestima do povo preto. Essa data marca, também, a data da morte de Zumbi dos Palmares. Além de ser um momento para compreendermos que o negro tem uma história de construção na nossa sociedade, uma história que precisa ser reconhecida e contada verdadeiramente”, frisou.
Moradores apoiaram o evento organizado pela prefeitura
Os participantes da roda de conversa se orgulhavam da troca de conhecimentos. A haitiana Marie Esta, moradora do Flamengo, comentou sobre a satisfação em poder trocar experiências na cidade que escolheu morar.
“Estou gostando muito da iniciativa que a prefeitura está tendo em relação à data. Para nós que somos negros, essa é uma data de percepção histórica e cultural”, destacou Marie.
Dona da barraca de Acarajé, Maria do Carmo, que é moradora do Centro, mencionou a importância da data. “Nossos antepassados lutaram muito por uma data e um lugar ao sol, por isso esse dia significa muito para nós negros. Essa feira está sendo muito importante para mim e para todos os participantes”, concluiu.
Evento na Praça Tiradentes, em Araçatiba, continua até domingo
No sábado (20/11), feriado nacional do Dia Da Consciência Negra, os reflexos da pandemia da Covid-19 e as políticas educacionais referentes à população negra são os destaques do projeto. A partir das 18h, às mesas de debate “Mulheres Negras e os Desafios da Pandemia” e “É Tudo uma Questão de Educação” propõem novos olhares sobre essas questões, com encerramento musical do DJ da Casa.
No domingo (21/11), último dia de atividades na Praça Tiradentes, o evento começa às 16h com Roda de Jongo, seguido por Roda de Capoeira, RUASIA e apresentação da cantora Mariana Cunha. Às 19h30, o Grêmio Recreativo Escola de Samba (G.R.E.S.) União de Maricá finaliza as homenagens ao Mês da Consciência Negra, representando o Carnaval, festa marcada pela diversidade e representatividade.