Marielle Franco

Justiça decide que Google vai entregar informações sobre o assassinato de Marielle Franco

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Google vai entregar informações de usuários sobre o assassinato de Marielle Franco

Antes de mais nada, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem (26) manter a decisão que obrigou o Google a entregar à Justiça informações de usuários sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro.

 

 

Os ministros julgaram um recurso da empresa contra decisão da Justiça do Rio que determinou a entrega de informações sobre os acessos de pessoas à plataforma em busca de informações sobre a vereadora. Desse modo, para o Google, a decisão foi ilegal por determinar quebra de sigilo de forma genérica.

 

 

Na decisão, o colegiado entendeu que a medida não coloca em risco a privacidade dos usuários e é necessária para ajudar nas investigações do assassinato.

 

 

Em nota, o Google lamentou a decisão do STJ e reiterou o respeito pelas autoridades brasileiras. Ainda mais, a empresa também informou que avalia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

 

“Embora tenhamos atendido diversas ordens expedidas no caso em questão, entendemos que a discussão levada ao STJ envolve pedidos genéricos e não individualizados, contrariando a proteção constitucional conferida à privacidade e aos dados pessoais. Mais uma vez, o Google reafirma o compromisso com a privacidade dos brasileiros e está avaliando as medidas a serem adotadas, inclusive um eventual recurso ao Supremo Tribunal Federal”, declarou a plataforma.

 

Relembre o caso

 

A vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Estácio, região central do Rio de Janeiro, quando o carro em que estavam foi atingido por diversos disparos. Quatro tiros acertaram a vereadora e três, o motorista.

 

 

Marielle voltava de um evento na Lapa, chamado Jovens Negras Movendo as Estruturas, quando teve o carro emparelhado por outro veículo, de onde partiram os tiros. Uma assessora da parlamentar, que também estava no carro, sobreviveu aos ataques.

 

 

O desdobramento mais recente da investigação do crime foi a decisão da Justiça de mandar a júri popular os dois homens acusados pelas mortes: o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiroz. Enfim, eles estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho desde março do ano passado e negam participação nos dois assassinatos.

 

 

Foto: EBC

Fonte: EBC

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