SP quer dobrar produção da vacina do Instituto Butantan
Produção da vacina do Instituto Butantan
Antes de mais nada, o governador de São Paulo, João Doria, disse ontem (22) que o Instituto Butantan vai abrir um canal de doações para arrecadar até R$ 130 milhões.
O objetivo, segundo Doria, é ampliar a capacidade do Instituto para fabricar vacinas – especialmente a do CoronaVac, que está em fase de testes no Brasil e que, caso seja aprovada, começará a ser fabricada pelo Butantan, após acordo feito com uma farmacêutica chinesa.
“Hoje iniciamos um programa de solicitação de doações ao Instituto Butantan para que ele possa arrecadar R$ 130 milhões e rapidamente investir em equipamentos e tecnologia para aumentar a capacidade de produção, que hoje já é de 120 milhões de unidades da Coronavac. Por que desejamos aumentar a produção? Para o atendimento da totalidade de brasileiros, já que a vacina será aplicada duas vezes”, disse Doria.
Segundo o governador, se houver uma segunda ou terceira vacina contra o novo coronavírus, como a de Oxford, que também está sendo testada no Brasil, o Butantan vai exportar a sua vacina para países vizinhos.
CoronaVac
A primeira dose da CoronaVac foi aplicada na manhã do dia 21 em uma médica do Hospital das Clínicas, na capital paulista. Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Assim, a pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo.
Enfim, caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan a partir do início do ano que vem, com mais de 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar cerca de 60 milhões de brasileiros.
Foto: © Divulgação/Governo de São Paulo
Fonte: EBC